Cotidiano
Peruíbe possui vestígios que datam desde à época do descobrimento ou até antes, quando sinais antigos evidenciam a presença de civilizações passadas
Além de linda, arejada e única, a cidade é rica em Unidades de Conservação e preserva muito do pouco que resta da Mata Atlântica intocada / Márcio Ribeiro
Continua depois da publicidade
Peruíbe completa 66 anos de emancipação política-administrativa neste 18 de fevereiro, mas, apesar da pouca idade, possui vestígios que datam desde à época do descobrimento ou até antes, quando sinais antigos evidenciam a presença de civilizações passadas.
Montes de conchas denunciam a presença dos povos do Sambaqui, que viveram na região há mais de 2 mil anos. As Ruínas do Abarebebê testemunham que a história da cidade se confunde e se funde com a história do país.
Continua depois da publicidade
Além de linda, arejada e única, a cidade é rica em Unidades de Conservação e preserva muito do pouco que resta da Mata Atlântica intocada, tipo de vegetação que apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta por km².
O Parque Estadual da Serra do Mar faz um cinturão verde para quem olha no sentido contrário do mar, com um grande detalhe: Diferente do que se vê no Litoral Norte do estado, por exemplo, essa cadeia de montanhas presente em Peruíbe é intocada e preservada. A zona rural da cidade é rica, possui cachoeiras, pesqueiros, pontos para o birdwatching, estrada para aventuras e muito mais.
Continua depois da publicidade
No norte da cidade, a aldeia indígena cria um dos poucos trechos onde o verde das montanhas toca as areias da praia. Outro privilégio que só a cidade tem, mantém um verde e todos os extratos da floresta: Desde o mar até a serra.
Para quem olha o mar, outra coisa que vale destacar: Só se vê mesmo o mar, a linha do horizonte e as gaivotas. Não é possível ver os navios soltando fumaça e, ao contrário disso, a Ilha da Queimada Grande (famosa pelas cobras), a Ilha de Queimada Pequena, a ilha de Peruíbe e a Ilha do Guaraú, dão um visual especial e único.
Mais ao sul da cidade, área preservada e linda não falta. Primeiro a Serra dos Itatins faz um paredão de encher os olhos e esconde praias e cachoeiras pouco tocadas pelo homem e um bairro que aspira ecoturismo, chamado de Guaraú. Após ele, 8 praias praticamente desertas e intocadas começam a ser descobertas por turistas de todo o Brasil.
Continua depois da publicidade
Das praias citadas no parágrafo anterior, cinco estão inseridas no Parque Estadual do Itinguçu e só podem ser acessadas com Monitores Ambientais cadastrados na Unidade, que são a do Guarauzinho, Arpoador, Parnapoa, Brava e Juquiazinho . Outras três pertencem a RDS de Barra do Una, que é uma vila de pescadores artesanais que ainda tenta preservar o que resta da cultura caiçara, que são a Desertinha, Caramborê e a da própria vila.
A estrada que dá acesso ao Una passa pela Cachoeira do Perequê, mais popular, visitada, que possui um serviço de bar ao ladinho das águas correntes e refrescantes. Um pouco mais para frente, uma bifurcação leva à Cachoeira do Paraíso, sim existe uma cachoeira que tem esse nome e imagine aí o motivo para esse batismo.
O comércio da cidade concentra-se no Centro, na Estação e ao longo das Avenidas Luciano de Bona e Padre Anchieta, corredores que cortam a cidade que podem ser conhecidos como um shopping a céu aberto.
Continua depois da publicidade
A riqueza que não tem preço é o ar puro, a ausência de prédios e as lutas contra a usina que manteve na cidade um toque natural sem dispensar a comodidade e o luxo que a cidade ostenta. Que venham mais aniversários felizes. Parabéns Peruíbe.