Cotidiano

Cidade da Baixada Santista faz barreiras com pedras para conter avanço do mar

Outras cidades do Brasil também estão fazendo barreiras iguais ou similares em suas praias

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário

Publicado em 20/03/2025 às 16:45

Atualizado em 20/03/2025 às 17:17

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O projeto elaborado pela prefeitura também inclui acessos de madeira sobre as rochas / Márcio Ribeiro/DL

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Após ressacas que destruíram parte da orla de Peruíbe, a prefeitura tem apostado em pedras para conter o avanço do mar, em substituição às muretas. A ação, que tinha caráter emergencial, dá sinais de que veio para ficar e pode ser parte do novo cenário da cidade do litoral paulista.

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A primeira das ressacas recentes que fizeram com que a prefeitura chegasse a essa solução aconteceu em 2017, com o tombamento de um trecho de mureta próximo a um quiosque localizado no loteamento Cidade Nova Peruíbe.

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Dada a necessidade de intervenção imediata e aos riscos de desmoronamento do próprio quiosque, a prefeitura dispôs, em caráter emergencial, um cordão de rochas em toda a extensão afetada naquela época.

Já em abril de 2020, uma ressaca de grandes proporções atingiu diversos trechos da orla, tombou a mureta e destruiu parte do jardim da praia. No trecho das Ruínas, toda a proteção natural e parte do pavimento intertravado foram destruídas, com a água invadindo as casas na Avenida Beira-Mar. 

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Devido ao perigo de o restante da via se romper, a prefeitura dispôs emergencialmente novos cordões de pedras nos locais atingidos, acreditando ser a solução possível naquele momento para proteger o patrimônio público, o privado e a própria atividade econômica municipal, que depende majoritariamente do turismo de sol e praia.

Em janeiro de 2021, um novo evento de ressaca danificou 13 pontos da Avenida Beira-Mar, mas nenhum dos pontos recuperados anteriormente foi atingido. Mais do que isso, percebeu-se o início da recuperação da vegetação natural, visto que o cordão de pedras facilitou o acúmulo de areia e, com isso, o crescimento da vegetação rasteira.

“Ao longo do tempo, percebeu-se que a estrutura de pedras criou um anteparo natural propício para reter os sedimentos que naturalmente vão sendo carregados da praia para dentro da área urbana, preservando o material dentro da própria praia e contendo a erosão costeira.

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Um trabalho acadêmico elaborado em 2024 por servidores municipais constatou a regeneração da vegetação sobre várias dessas estruturas e traçou algumas estratégias para a continuidade dessa regeneração”, informou a prefeitura da cidade.

Um novo evento de ressaca danificou 13 pontos da Avenida Beira-Mar / Márcio Ribeiro/DL
Um novo evento de ressaca danificou 13 pontos da Avenida Beira-Mar / Márcio Ribeiro/DL
O projeto elaborado pela prefeitura também inclui acessos de madeira sobre as rochas / Márcio Ribeiro/DL
O projeto elaborado pela prefeitura também inclui acessos de madeira sobre as rochas / Márcio Ribeiro/DL
As rochas passam a ter um aspecto mais natural à medida que a areia preenche os espaços vazios / Márcio Ribeiro/DL
As rochas passam a ter um aspecto mais natural à medida que a areia preenche os espaços vazios / Márcio Ribeiro/DL

Apesar de parecerem esquisitas no início, quando ainda são pedras nuas, as rochas passam a ter um aspecto mais natural à medida que a areia preenche os espaços vazios e a vegetação cresce, encobrindo e uniformizando a barreira.

O projeto elaborado pela prefeitura também inclui acessos de madeira sobre as rochas.

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Outras cidades do Brasil também estão fazendo barreiras iguais ou similares em suas praias, o que sugere que esse pode ser um cenário cada vez mais comum no litoral brasileiro.

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