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Cicloativistas fizeram um ato na noite desta quinta-feira, 19, na Avenida Paulista contra a paralisação da implementação de ciclovias na capital. O grupo se concentrou na Praça do Ciclista por volta das 19 horas e percorreu toda a avenida. Depois, os ciclistas foram até a sede do Ministério Público, onde gritaram palavras de ordem e colaram cartazes contra a decisão. "Vai ter ciclovia", gritavam os manifestantes.
"A gente precisa se mobilizar. É um momento importante para demonstrar nosso sentimento de indignação", diz o engenheiro Tiago Barufi, de 41 anos.
Pesquisador de políticas públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Renê Fernandes, de 30 anos, participou do ato e destacou que as ciclovias são importantes para a segurança de quem utiliza as bicicletas. "A ciclovia não precisaria existir se houvesse respeito, mas é o que temos para proteger vidas."
O ponto alto do protesto foi na porta do Ministério Público Estadual, quando os ciclistas levantaram as bicicletas e gritaram: "Se não tem ciclovia, a gente ocupa a via".
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"Queremos a melhor distribuição do espaço de circulação pública, que é totalmente dominado pelos automóveis", afirma o urbanista Rafael Siqueira, de 31 anos.
A PM estima que 100 pessoas compareceram ao ato. Motoristas chegaram a buzinar para apoiar os ativistas.
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Justiça
A Justiça paulista acolheu o pedido de interrupção das obras das ciclovias na cidade de São Paulo feito pelo Ministério Público Estadual (MPE). Decisão publicada na tarde desta quinta-feira pela 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital estabelece que a Prefeitura deve paralisar "todas as implantações de novas ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas de caráter permanente no Município de São Paulo, sem prévio estudo de impacto viário global e local". O juiz Luiz Fernando Rodrigues Guerra, no entanto, recusou estender a proibição à ciclovia que está sendo construída na Avenida Paulista, e que deve ficar pronta em junho. Ciclistas lamentam a ação.
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