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Levando a bandeira de Itanhaém para terras bolivianas, o grupo de três ciclistas concluiu a expedição de cruzar a Bolívia de norte ao sul. Durante 18 dias ininterruptos, os itanhaenses pedalaram aproximadamente 1.800 quilômetros em condições extremamente adversas.
A aventura de cruzar um país de bicicleta soou como um desafio viável para Marco Brandão, Marcelo Iberê e Aleksandro Stankevicius, que escolheram a Bolívia como destino. A experiência em percursos de longas distâncias era grande, já que 2011 o trio completou o trajeto de Itanhaém até o Chile. O grande diferencial dessa nova empreitada tinha nome: frio e altitude.
Para enfrentar as baixas temperaturas, que durante as noites alcançavam os 25 graus negativos, e a altitude de 5.859 metros, os ciclistas seguiram pedalando por nove horas diárias. A falta de comida em algumas etapas da jornada serviu de incentivo para manter ainda mais viva a vontade de continuar o percurso que, por si só, já era desgastante.
O risco eminente trafegou lado a lado com trio. Momentos de medo tomaram conta deles, principalmente quando o câmbio de uma das bicicletas resolveu quebrar em pleno deserto de Siloli, local totalmente isolado e sem qualquer tipo de comunicação por telefone ou internet. Por sorte, ou melhor, por prevenção, dentro dos 50 quilos de equipamentos que cada um carregava em suas bikes foi encontrado um câmbio reserva, o que acabou salvando o dia e ainda as suas vidas.
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Entre os tantos lugares visitados, o grupo desceu os 80 km da Carretera de La Muerte, considerada a estrada mais perigosa do mundo. No roteiro, os aventureiros cruzaram o deserto de Salar de Uyuni, maior planície salgada do mundo, passando também pelos Vulcões Licancabur e Ollagüe a 5.859 metros de altitude.
Não faltou gente que apoiasse os itanhaenses ao longo das trilhas mais perigosas. Turistas do mundo todo que trafegavam de automóveis 4X4, veículos que eram adequados ao terreno, viram no esforço do trio toda a superação que eles tinham ao realizar aquele feito montados em bicicletas. No fim, os ciclistas se transformaram em atração turística por quem cruzasse por eles.
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Para Marco Brandão, uma das maiores emoções foi de cruzar o maior deserto de sal do mundo. “A sensação de conquista e satisfação é permanente. Pedalar na Estrada da Morte era um sonho, foi emocionante e perigoso, e a todo instante tínhamos os precipícios e abismos ao lado. Agora cruzar o maior Salar do Mundo com 50 kg de carga, sobre um chão branco como a neve, e sob o céu mais azul da Cordilheira, a 3.665 metros de altitude, levando a bandeira e representando a minha cidade, é uma emoção ímpar”.
Novas aventuras
Como se não bastasse todo o empenho do último desafio, os ciclistas já pensam em repetir a dose. A intenção agora é fazer o mesmo caminho, só que desta vez aumentando ainda mais o trajeto. A previsão é de realizar a façanha nos próximos anos, 2014 ou 2015.
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