Cotidiano

Chuva deve continuar em Santos e estado de morros preocupa

Defesa Civil alerta para novos deslizamentos na Cidade e fala em remoção de famílias

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/01/2015 às 00:04

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Após castigar a região durante toda a madrugada de ontem (23), a chuva deu uma trégua durante o dia, mas a preocupação segue para a Defesa Civil de Santos. Isso porque novas precipitações devem ocorrer nos próximos dias.

A informação é de João Paulo Nardin Tavares, meteorologista da Defesa Civil de Santos. Segundo ele, uma frente fria permanece na Baixada Santista. “Devemos ter uma continuidade das chuvas porque a frente fria, que deveria ter se afastado, estacionou na região. Deve continuar com momentos que ocorrem pancadas de chuvas mais fortes e também há risco de ventos fortes e raios”.

Choveu na madrugada de sexta-feira aproximadamente 170 milímetros, mais da metade do previsto para todo o mês. Ainda há o risco de voltarem a ocorrer novas precipitações como a que causou as enchentes e deslizamentos. “Tem um sistema meteorológico muito intenso se formando no Atlântico, embora esteja afastado, mas ele causa influência que pode levar a chuvas fortes”, disse Tavares.

Durante todo o dia, técnicos da Defesa Civil visitaram os pontos críticos para avaliar situações. De acordo com o coordenador municipal, Daniel Onias, a maior preocupação é o risco de novos deslizamentos. “Estamos acompanhando o que ainda pode vir, especialmente, as chuvas nesses locais que foram afetados. Qualquer chuva pode agravar a situação. Por isso, os técnicos estão avaliando as condições dos morros para agir antecipadamente”, disse o coordenador.

Por causa das chuvas, a Defesa Civil elevou o nível para estado de atenção.

Onias confirmou que algumas famílias precisaram ser removidas por conta da situação de risco das moradias nos morros do Município. “Nós tivemos escorregamentos em praticamente todos os morros da Cidade. Algumas famílias foram orientadas a desocupar as casas, mas não estão na condição de desabrigadas porque foram para casa de parentes ou conhecidos. Os técnicos avaliam as áreas mapeadas com risco para verificar a necessidade de remover mais famílias. Quem não tiver para onde ir, o Município irá ofertar condição de abrigo”.

Um dos casos mais preocupantes é no morro Santa Terezinha. “Houve um escorregamento bem sério e parte do material que desceu atingiu o quintal de duas residências. Vamos contatar os responsáveis pelo condomínio para que eles façam os reparos necessários e assumam o ressarcimento dessas moradias atingidas”, explicou Onias.

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Lama desceu pelas escadas do Monte Serrat (Foto: Matheus Tagé/DL)

Transtornos

A Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET) registrou diversos pontos de alagamento na Cidade. O principal se deu na entrada do Município. A chegada pela via Anchieta até a Avenida Martins Fontes só foi liberada, às 10h, com necessidade de inversão de mão de direção. O trânsito só normalizou, ainda com pontos de alagamento, por volta das 16 horas.

Já nos morros, foram registrados 11 deslizamentos, com queda de 3 blocos. No Morro do Marapé, na Rua Antônio Manoel de Carvalho, houve grande queda de água na descida do morro. A mesma situação pode ser observada no Morro da Canaleira, na Rua precipitação O volume de chuva da madrugada de sexta-feira foi equivalente a mais da metade do esperado para janeiro Prefeito José Gomes.

Outro ponto mais crítico destacado pela Defesa Civil de Santos foi na descida do Morro da Nova Cintra, na Rua Godofredo Fraga. A região foi tomada por muita lama por causa de um deslizamento.

Na subida das escadarias do Monte Serrat, o barro tomou conta de parte das escadarias. A lama chegou a alcançar a Rua Itororó, esquina com a Rua São Francisco. Moradores utilizavam baldes para retirar lama e entulho das casas.

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