Cotidiano

Chuva causa estragos, alagamentos e para o trânsito na região

Entrada de Santos está bloqueada. Volume esperado para 20 dias caiu em 10 horas na Baixada Santista

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 23/01/2015 às 10:40

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A chuva que começou no início da noite de ontem (22) e permaneceu até a manhã desta sexta-feira (23) causou estragos e alagamentos na região. Devido a isso, o trânsito na entrada de Santos está congestionado. Das 20h de 22/01 até 6 hs da manhã de 23/01 choveu 129,2 mm. O esperado para todo mês de janeiro é de 208 mm. Portanto, em 10 horas choveu mais do que o esperado para o mês todo.

A Prefeitura de Santos informa que a Avenida Nossa Senhora de Fátima está bloqueada nos dois sentidos, entre entrada da Cidade e Rua Ana Santos.

A Avenida Martins Fontes também está interditada entre o IML e Entrada da Cidade e entre Saboó e Sancap.  Os três bloqueios são causados por alagamentos. Operadores da CET estão no local organizando o trânsito.

Devido ao alagamento na região da Zona Noroeste, as Policlínicas da Alemoa, Rádio Clube, Castelo e Areia Branca não abrirão hoje. As consultas agendadas serão remarcadas.

Deslizamentos

A defesa civil já registrou pelo menos 10 deslizamentos nos morros, sem vítimas.

Houve deslizamento de terra no Morro Santa Terezinha, recomenda-se evitar a Rua Godofredo Fraga. Outro deslizamento de terra no Morro do São Bento, Rua São Silvestre, nº 689. Árvores caíram na Rua Bolívia e na Avenida Washington Luiz.

No morro do São Bento, na Rua: Santa Margarida esta alagada e em estado de atenção.

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Entrada de Santos está bloqueada devido a chuva (Foto: Leitor/DL)

Na Rua F, no morro do José Menino onde no dia 23 de dezembro já houve um deslizamento, a Defesa Civil fez contenção com lona no local, mas com a chuva uma parte que estava descoberta cedeu.   

Nos morros da Caneleira e Marapé também foram registrados deslizamentos.

A Defesa Civil esta nas ruas de Santos para atender as ocorrências e a cidade está em Estado de Atenção.

Cubatão

As intensas chuvas da noite de quintas-feira (22) e madrugada de hoje (acumulados 227 mm, em 24 horas) causaram, naquele período, problemas de alagamentos  nas vias públicas de  toda a Cidade, principalmente nos bairros que sofrem influência direta da maré, como Vila dos Pescadores , Vila São José e Vila Esperança.

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De manhã, com a maré vazante e redução da intensidade das chuvas,a água escoou. Às 9 horas, restava somente  um  ponto de alagamento, na Avenida Tancredo Neves, perto da Vila São José, mas  permitindo a passagem de veículos.

Nesta manhã a cidade apresenta problemas no sistema de trânsito, reflexos de alagamentos em outros municípios da região, os quais provocaram congestionamentos no sistema Anchieta/Imigrantes. O  maior deles foi na pista da Via Anchieta, sentido São Paulo-Santos, causado por inundações na entrada de Santos. Por causa disso, moradores da região do Jardim Casqueiro ficaram, impossibilitados de se locomoverem até à área central ou demais bairros. Moradores de São Vicente e Praia Grande que também utilizam o viaduto Rubens Paiva para chegar ao centro de Cubatão também foram prejudicados.

Não houve casos de desabrigados por deslizamentos ou enchentes. Mas, como estava previsto que o pico da maré ocorreria às 4,30, atingindo 1,4 metro, a Defesa Civil decidiu, por volta de 3 horas, quando a chuva era mais intensa, abrigar preventivamente algumas famílias da região de Pilões no Núcleo de Defesa Civil (Nudec) local, que funciona no centro comunitário. O local já havia sido preparado anteriormente pela secretaria de Assistência Social. As famílias retornaram às suas residências nas primeiras horas da manhã.    

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Área industrial - Por volta de 1 hora, a Comissão Municipal de Defesa Civil, no momento de maior intensidade das chuvas, acionou o Plano de Contingência, relativo à área industrial, e  mudou de observação para atenção o estado da Área 5, onde fica a Refinaria Presidente Bernardes, passando as equipes do órgão a efetuar vistorias  visando a detectar possíveis ameaças de desmoronamento nas encostas da Serra do Mar naquele ponto. Não se registrou nenhum deslizamento, mas o estado de atenção permanece até a estiagem completa.

São Vicente

Em São Vicente, muitas ruas continuam alagadas. Na Vila Margarida, Sá Catarina de Moraes, Catiapoã e Jockey Clube a situação está complicada. Há relatos de moradores que perderam tudo na última cheia do dia 22 de dezembro e novamente são obrigados a contabilizarem os prejuízos.

Mesmo com a ausência de chuva nas últimas horas, devido ao lixo, muitos bueiros estão entupidos e água não escoa. Na Área Continental, o Bairro mais afetado foi o Jardim Rio Branco.

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