Cotidiano

Chove pouco e racionamento continua em 11 cidades de SP

Em Itu havia chovido dez milímetros até a tarde de ontem, mas a água foi absorvida pelo solo e não mexeu no nível dos ribeirões Itaim, Varejão, Braiaiá e Pirapitingui, usados para abastecimento

Publicado em 10/07/2014 às 15:35

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As chuvas leves da noite de quarta-feira, 9 e na manhã desta quinta nas regiões de Sorocaba e Campinas não foram suficientes para mudar o nível dos reservatórios, reduzido ao mínimo em razão da estiagem que atinge o Estado de São Paulo desde janeiro deste ano. Onze cidades já adotaram o racionamento e outras correm o risco de cortes no fornecimento de água.

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Em Itu havia chovido dez milímetros até a tarde de ontem, mas a água foi absorvida pelo solo e não mexeu no nível dos ribeirões Itaim, Varejão, Braiaiá e Pirapitingui, usados para abastecimento. Os moradores enfrentam racionamento drástico desde janeiro. A concessionária Águas de Itu anunciou a transposição emergencial de água de lagos públicos e represas privadas para os reservatórios a fim de evitar a falta total do líquido.

Em Sorocaba, choveu oito milímetros e o racionamento atinge moradores de 33 bairros das regiões do Éden e Aparecidinha, na zona leste da cidade. A Represa dos Ferraz, que abastece a região, está quase seca. De acordo com o vereador Carlos Leite (PT), a falta de investimento no sistema agrava a crise. O gerente de produção do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Reginaldo Schiavi, disse que a capacidade da estação de tratamento será ampliada em 50%. Também será captada água no ribeirão Piragibu para ampliar a oferta.

 Onze cidades já adotaram o racionamento e outras correm o risco de cortes no fornecimento de água (Foto: Matheus Tagé/DL)

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Em Saltinho, a população tem abastecimento apenas seis horas por dia. Também estão com água racionada São Pedro, Cosmópolis, Valinhos, Santo Antônio de Posse, Rio das Pedras, Vinhedo e Cordeirópolis. Em Pereiras, o Ribeirão das Conchas, que abastece a cidade, praticamente secou e desde dezembro o sistema de captação está desligado. Para não deixar a população sem água, o líquido é extraído de quatro poços a 210 m de profundidade, mas a qualidade da água não é boa. Os bairros recebem essa água de 12 a 16 horas por dia em sistema de rodízio.

Em Campinas, o Rio Atibaia está operando praticamente no limite e há risco de faltar água. O manancial que abastece 95% da população vem sofrendo quedas bruscas na vazão. A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) preparou um plano de racionamento, mas vem adiando a medida na expectativa das chuvas. Um sobrevoo que seria feito na semana passada na área da bacia para identificar possível uso indevido das águas do rio foi adiado. A nova data não será divulgada para possibilitar flagrantes de irregularidades.

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