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O governo chinês convocou o embaixador norte-americano no país, Max Baucus, para protestar após um navio da Marinha dos Estados Unidos navegar perto de ilhas artificiais chinesas no Mar do Sul da China, em um ato que desafiou a reivindicação de Pequim de soberania da área.
O Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou nesta quarta-feira em seu site que o vice-ministro executivo Zhang Yesui disse a Baucus que os EUA agiram em desafio às repetidas objeções chinesas e que haviam ameaçado a soberania e a segurança da China. Sem dar detalhes, Zhang afirmou que a manobra "provocativa" da terça-feira também colocou pessoas e a infraestrutura das ilhas em risco. A China mostrou sua insatisfação com as ações dos EUA, segundo o governo de Pequim. O Departamento do Estado não quis confirmar o encontro do embaixador nem comentar o assunto.
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O navio USS Lassen passou por uma área reivindicada pela China e pelas Filipinas. O governo filipino elogiou a ação norte-americana, dizendo que isso ajuda a manter "o equilíbrio de poder".
Desde 2013, a China acelerou suas ações para garantir o controle da área, construindo ilhas artificiais. Foram também erguidos prédios, portos e pistas de pouso grandes o suficiente para receber jatos de combate, o que é visto como uma tentativa de mudar o status territorial da região. Para os EUA, a China fez as construções em águas internacionais e não pode reivindicar a área como seu território.
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A lei internacional permite inclusive que embarcações militares transitem pelos mares de outros países sem notificação, a chamada "passagem inocente". O governo chinês, porém, qualificou a ação dos EUA como ilegal.
Os EUA dizem que não adotaram uma posição sobre a soberania do Mar do Sul da China, mas insistem que a área deve ser livre para navegação e sobrevoos aéreos. Cerca de 30% do comércio global passa pelo Mar do Sul da China, que tem também grandes reservas de peixes e potencialmente riquezas minerais. A China diz que respeita o direito de navegação, mas nunca especificou o status legal exato de suas reivindicações marítimas. O governo chinês diz que praticamente todo o Mar do Sul da China lhe pertence, enquanto Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã reivindicam partes dele.
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