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As autoridades chinesas executaram nesta segunda-feira o magnata da mineração Liu Han, após sua condenação ter levado ao colapso de seu império empresarial e ter dado destaque a ampla repressão chinesa sobre a corrupção.
De acordo com um breve comunicado da Corte Intermediária do Povo de Xianning na província de Hubei, Liu Han, de 49 anos, foi executado nesta segunda-feira em horário não especificado. Em maio de 2014, a mesma Corte sentenciou-o à morte por crimes como encabeçar uma gangue, assim como assassinato.
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Segundo a Corte Intermediária, a Corte Suprema confirmou a sentença de morte para Liu Han, seu irmão mais novo e mais três pessoas envolvidas no esquema criminoso. Detalhes sobre as execuções não foram divulgados.
Conhecido como um bilionário que gostava de ostentar, Liu Han era o presidente do conglomerado de energia Sichuan Hanlong Group, na província sudeste de Sichuan. A empresa tem participações em minas da Austrália e Estados Unidos. Os promotores alegaram que Liu Han era o comandante de uma grande organização criminosa, com interesses em mineração, mercado imobiliário e jogos de azar. O grupo matava inimigos, subornava, extorquia e mantinha frotas de centenas de carros de luxo como Rolls-Royces, Bentleys e Ferraris. Além disso, mantinha vínculos com promotores e policiais corruptos em festas recheadas de drogas.
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Liu Han negou ser o líder de uma organização criminosa. Entretanto, afirmou que sua atitude dura nos negócios fez dele alvo de um tiroteio e que seus parentes sofreram sequestros.
Os fortes laços políticos de Liu Han não foram oficialmente parte do caso contra ele, mas, nos meses que seguiram seu julgamento, a mídia chinesa alegou que o magnata tinha fortes conexões com o maior alvo da repressão do governo contra a corrupção: Zhou Yongkang, ex-líder do Partido Comunista que já governou Sichuan. Ele foi oficialmente preso em dezembro de 2014 e enfrenta uma série de acusações de corrupção.
Apesar da ação penal de Liu Han não ser parte do plano oficial do governo contra corrupção, sua prisão ocorreu em meio a uma varredura de políticos e empresários em Sichuan que tem ligações com Zhou Yongkang. Dessa forma, a execução de Liu Han tornou-se uma das primeiras relacionadas ao plano anticorrupção do governo.
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Pessoas próximas a Liu Han confirmam que o magnata mantinha laços com Zhou Yongkang, e afirmam que o relacionamento tornou-o politicamente vulnerável. A polícia prendeu Liu Han em março de 2013, sob a alegação de estar escondendo o irmão, acusado de homicídio triplamente qualificado em 2009.
De acordo com o The Wall Street Journal, que teve acesso às transcrições do julgamento, Liu Han defendeu-se o tempo todo, mas recebeu pouca cobertura na imprensa chinesa, o que deu grande vantagem para a promotoria e a condenação.
Apesar de a Corte Suprema não ter divulgado detalhes sobre a execução, afirmou que o processo respeitou os direitos legais de Liu Han e dos outros quatro sentenciados, permitindo a visita e despedida dos familiares.
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