Cotidiano

Chegam o Horário de Verão e as noites mal dormidas

Quem não se adapta a uma hora a menos de sono pode sofrer desconfortos como irritabilidade, dor de cabeça e falta de concentração

Publicado em 15/01/2013 às 22:23

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Está em vigor desde a 0 hora deste domingo (17) o Horário de Verão do Brasil. Para acertar o relógio basta adiantar uma hora. O primeiro pensamento de muitos é poder aproveitar mais o dia, chegar cedo do trabalho e ainda contemplar a beleza de um pôr do sol.

Mas, como fica o sono de quem precisa acordar cedo para ir trabalhar, estudar ou cumprir com outros compromissos? A partir de amanhã, no primeiro dia útil sob o Horário de Verão, muitos sentirão no corpo e na mente, as primeiras noites “mal dormidas”, porque a mudança no horário afeta o sono.

O supervisor de ritmos biológicos do Centro de Estudos Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes (CEMSA), do Instituto do Sono, Silvio de Araújo Fernandes Junior, explica que é mais difícil uma pessoa se adaptar ao início do Horário do Verão, quando o relógio é adiantado em uma hora, do que após o seu termino, quando o relógio é atrasado.

Silvio esclarece que com o Horário de Verão o relógio biológico terá também que acelerar suas atividades e por isso, uma hora a menos de sono pode afetar uma pessoa tanto fisiologicamente quanto psicologicamente.

O especialista do Instituto do Sono diz que há pessoas que sofrem com o Horário de Verão e pessoas que não sofrem. As que sofrem podem ficar sonolentas ao longo do dia, ter dificuldade de concentração, desconforto estomacal e dor de cabeça por ter o sono interrompido antes do horário habitual.

No entanto, Silvio explica que o desconforto físico pode desaparecer em cinco dias. Já os sintomas psicológicos podem perdurar por todo o Horário de Verão, que este ano só termina à meia-noite do dia 20 de fevereiro. São 126 dias acordando uma hora mais cedo, muitas vezes, antes do raiar do sol.

Entre os sintomas psicológicos estão a irritabilidade e o estresse. “Acontece uma somatização psicológica em quem tem um relógio biológico inflexível”, afirma. Mas, o desconforto pode ser amenizado. “Antes de dormir, a pessoa pode criar uma rotina de relaxamento, tomando um banho morno, um leite morno, ler um livro, por exemplo”, afirma Silvio.

Mas, para quem enfrentar dificuldade para dormir ou insônia a dica é praticar atividade física ou usar óculos escuros antes de anoitecer para ir se acostumando com a hora adiantada.

Redução de consumo

O Horário de Verão começou a 0 de hoje e terminará à meia noite de 20 de fevereiro. Adiantando o relógio em uma hora, o objetivo é reduzir o consumo de energia elétrica, principalmente nos horários de pico, entre 18 e 21 horas, quando o consumo aumenta 40% em relação às demais horas do dia.

A CPFL Piratininga, que fornece energia elétrica também para a Baixada Santista, estima atingir redução de 0,5% no consumo nas 27 cidades de abrangência. Uma economia de 26.100 MWh, volume suficiente para atender uma cidade do porte de Santos, por exemplo, com cerca de 433 mil habitantes, por oito dias.

No período de pico, há expectativa de uma redução de 1,4% na demanda de energia. O Horário de Verão é válido para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país. A medida não se aplica aos estados do Nordeste e Norte.

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