Cotidiano

Chefe de polícia afegão renuncia após ataques suicidas

O porta-voz da Polícia, Hashmat Stanikzai, informou que o general Mohammed Zahir tinha apresentado ao Ministério do Interior a sua renúncia mas não forneceu outros detalhes

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 30/11/2014 às 12:48

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O chefe de polícia de Cabul pediu demissão neste domingo, após a mais recente sequência de ataques de insurgentes. O porta-voz da Polícia, Hashmat Stanikzai, informou que o general Mohammed Zahir tinha apresentado ao Ministério do Interior a sua renúncia mas não forneceu outros detalhes.

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Antes da renúncia, Zahir informou a repórteres a respeito do último ataque suicida taleban, ocorrido no sábado, no qual um líder sul-africano de um grupo de ajuda estrangeiro, seu filho, sua filha e um trabalhador afegão foram mortos. Ele não deu outras informações sobre as vítimas e não revelou o nome do grupo.

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Um grupo com sede na Califórnia (EUA) chamado Parceria em Academia e Desenvolvimento (PAD) mais tarde postou um aviso em seu site informando que vários de seus funcionários morreram durante um ataque no sábado, em Cabul. Em nota de pesar, a instituição afirmou que estava cuidando dos funcionários e suas famílias.

No sábado, três militantes do Taleban invadiram o escritório do grupo de ajuda. Um deles, vestido de um colete suicida, detonou os explosivos provocando a morte das vítimas. Os outros dois militantes foram mortos mais tarde, durante um tiroteio com a polícia, disseram as autoridades. Segundo Zahir, pelo menos um dos agressores usava um uniforme policial.

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Cabul registrou oito ataques suicidas nos últimos 16 dias, num dos períodos mais violentos na capital afegã nos últimos anos. Nos últimos dias, quatro estrangeiros, incluindo um funcionário da embaixada britânica, foram mortos e dezenas de civis afegãos foram mortos ou feridos.

Os ataques têm levantado preocupações sobre a capacidade das forças de segurança afegãs de proteger o país depois que os Estados Unidos e a OTAN concluírem oficialmente sua missão, em 31 de dezembro. As ações também mostram a insurgência taleban revigorada, aproveitando-se da situação.

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