Cotidiano

CEV ouve Silvio Alvarez no Caso Trendbank

A Comissão Especial dos Vereadores investiga aplicações financeiras feitas pela Caixa de Previdência dos Servidores Municipais de Cubatão

Publicado em 24/06/2014 às 10:30

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A Comissão Especial dos Vereadores (CEV) criada para investigar as aplicações financeiras feitas pela Caixa de Previdência dos Servidores Municipais de Cubatão junto ao Trendbank escutou Silvio Alvarez Junior, superintendente da autarquia entre 2010 e 2011, período em que o investimento foi realizado.  O vereador Severino Tarcício da Silva (PSB), o Dóda, que preside a CEV, disse que a preocupação é que prejuízos financeiros, causados por essas operações da Caixa,  possam comprometer o futuro da instituição e prejudicar o atendimento médico de ativos e pensionistas.

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O ex-superintendente disse que todo início de ano, a Caixa apresenta uma política de investimento, indicando quais aplicações serão realizadas, levando-se em conta um estudo auturial baseado em critérios de rentabilidade.  No caso do Trendbank, a operação foi analisada pela empresa de consultoria Crédito&Mercado, que não identificou nenhum risco. Porém, Silvio conta que mesmo se tomando todos os cuidados, nunca será possível garantir que não haverá perdas numa transação dessa natureza.

Silvio disse que não foi só a Caixa de Previdência de Cubatão que contabilizou prejuízos nessa operação com a Trendbank. Fundos de pensão como o da Petros, dos Correios e do governo de Tocantis também tiveram perdas. O ex-superintendente afirma que a autarquia fazia aplicações no mercado variável com diferentes investimentos a fim de diminuir os prejuízos no caso de algum problema.

Para Silvio, é preciso profissionalizar a gestão da Caixa, contratando analistas de mercado, uma vez que a autarquia não pode colocar em risco o capital que administra, algo em torno de aproximadamente R$ 300 milhões líquidos. Ele disse ainda que as aplicações da Caixa deveriam ser publicadas no site da instituição a fim de assegurar transparência.

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CEV foi criada após a Caixa ser citada como uma das instituições que tiveram prejuízos com aplicações junto ao Trendbank (Foto: Matheus Tagé/DL)

Ao final do depoimento, do ex-superintendente da autarquia, Dóda disse que a CEV vai ouvir os representantes da consultoria Crédito&Mercado daqui a 15 dias.

A CEV em questão foi criada após a Caixa ser citada como uma das instituições que tiveram prejuízos com aplicações junto ao Trendbank, uma das maiores factorings do Brasil. Esse tipo de empresa negocia títulos, adquire ativos, como duplicatas, cheques, decorrentes de vendas mercantis ou de prestação de serviços.

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Problemas

A Caixa de Previdência de Cubatão está passando por mais problemas. Nas últimas semanas, a atual superintendente, Ana Maria Rodrigues, precisou justificar a falta de pagamento ao Hospital Ana Costa de Cubatão. Após denúncias de servidores de que o plano estava cancelado, a superintendente garantiu que a Caixa havia repassado o cheque com o pagamento da fatura referente ao mês de maio aos vereadores da Câmara. A interrupção no atendimento se deu por parte do hospital, porque o pagamento deveria ter sido feito no quinto dia útil do mês, o que não ocorreu.

A informação da retomada do atendimento foi dada pela superintendente em reunião com os vereadores da Câmara, no gabinete do presidente César da Silva Nascimento (PDT). O convite para a conversa foi feito por parte dos legisladores.

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Os vereadores questionaram a superintendente em relação à situação econômica atual da Caixa de Previdência.

Ela explicou que, desde a aprovação de Projeto de Lei pela Câmara, em 2013, 2 mil mutuários se desligaram da assistência de saúde da Caixa de Previdência. Ela explicou que ainda há déficit mensal no pagamento aos credenciados, somado ao passivo que ela pegou quando assumiu a autarquia. Segundo Ana Maria, faltam aos cofres da Caixa entre R$ 150 mil e R$ 200 mil mensalmente. E, quando ela assumiu a Caixa, os débitos totalizavam R$ 13 milhões.

“Os débitos foram reduzidos, até então, a R$ 5,5 milhões. E este déficit mensal se dá quando não há alguma fatura muito alta do hospital Ana Costa, que chamamos de sinistralidade”, disse. 

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