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A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) recomendou a liberação do câmpus Leste da Universidade de São Paulo (USP), interditado há seis meses por problemas ambientais. A reabertura do terreno, entretanto, ainda depende de autorização da Justiça.
Atualmente os cerca de 5 mil professores, funcionários e alunos estão em prédios alugados de uma instituição particular e uma Faculdade de Tecnologia (Fatec). Os contratos vencem em 31 de julho e a reitoria afirma não ter "plano B" para a volta às aulas, prevista para 4 de agosto de acordo com o calendário oficial da universidade.
A Cetesb fez a última vistoria no câmpus na semana passada. Segundo o órgão ambiental, a reitoria da USP tomou as medidas necessárias para a despoluição da área. Uma delas é a instalação do sistema de extração de gás metano, um dos motivos da contaminação do terreno.
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Outra providência é o isolamento, com tapume e grama, de parte do câmpus onde houve depósito de terra contaminada em 2011. Professores, funcionários e alunos exigem a total remoção do material poluído, que contém óleos minerais nocivos à saúde. A estimativa é que a operação custe cerca de R$ 20 milhões.
USP, Cetesb e o Ministério Público Estadual (MPE), autor da ação que pediu a interdição do câmpus, negociavam um Termo de Ajustamento de Conduta para facilitar a reabertura do terreno. O acordo não avançou por divergência entre MPE e Cetesb em relação a padrões técnicos de monitoramento da área contaminada.