Cotidiano

Cetesb confirma chuva ácida após vazamento em Cubatão

Na tarde de ontem, a prefeita se reuniu com o gerente regional da companhia, Marcus Cipriano, que apresentou explicações mais detalhadas sobre aquela ocorrência

Publicado em 29/01/2015 às 10:38

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O que a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, temia realmente aconteceu. Ontem, a Cetesb confirmou que o vazamento de dióxido de enxofre (SO2) na última sexta-feira, dia 20, provocou uma chuva ácida na Cidade. Problema que, segundo a chefe do Executivo expôs em sua página pessoal em uma rede social, o Município “conhece muito bem”.

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Segundo nota oficial da companhia, com a emissão do SO2 e também com “a umidade existente, devido às fortes chuvas, além de outros compostos na atmosfera, formou-se na atmosfera vapor d’agua e gotículas de ácido sulfúrico ou sulfuroso”, popularmente conhecida como chuva ácida.

No entanto, a Cetesb garante que a situação só “aconteceu no período em que foi registrada a emissão dos gases na atmosfera, causando danos na vegetação da área atingida (folhas queimadas)”. A companhia explica ainda que outro indicativo foi atestado pela estação medidora de qualidade do ar, localizada no centro da cidade, que indicou valores de SO2 com picos no horário do acidente. “Portanto, ficou comprovado que no período do vazamento houve a influência dos gases SO2, ocasionando a chamada chuva ácida”, confirma.

Marcia Rosa, que já lecionou como professora de Química, informou que enviou documento a todas as empresas do Polo Industrial. “A preocupação é grande, pois no Costa e Silva, ao lado da Cetesb, no Beira Rio e no cemitério, as folhas estão desidratadas e caindo como se estivéssemos no outono. Estou aguardando com brevidade os relatórios solicitados”, afirmou.

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Chuva ácida causou danos na vegetação (Foto: Marcus Cabaleiro/Divulgação)

Reunião

Na tarde de ontem, a prefeita se reuniu com o gerente regional da Cetesb, Marcus Cipriano, que apresentou explicações mais detalhadas sobre aquela ocorrência. Segundo ele, a Cetesb não foi informada de imediato sobre o ocorrido na planta industrial da Anglo American, o que impossibilitou a implementação de ações como fazer a comunicação do fato à Prefeitura, por meio da Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec), para que esta pudesse preparar o setor médico de emergência e retirar trabalhadores e outras pessoas da área do Polo Industrial.

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O representante da Cetesb informou ainda que a combinação da velocidade do vento com a concentração de gás fez com que a área atingida se estendesse por quatro empresas do polo (Anglo American, Braskem, Petrocoque e Refinaria), além de núcleos residenciais que margeiam o rio Cubatão e do próprio centro da Cidade.

Com relação à multa aplicada à empresa poluidora, Cipriano disse que foi considerada “Gravíssima” conforme a legislação de crimes ambientais, podendo ainda a empresa, após um processo investigatório na esfera criminal, ser condenada a realizar uma ação reparatória dos danos causados à população.

Vazamento

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O incidente no Polo Industrial de Cubatão deixou mais de 80 pessoas intoxicadas entre funcionários da empresa e comerciantes da Avenida Nove de Abril, via central mais próxima da indústria. Quatro empresas precisaram ser evacuadas: Anglo American, Brasken, Petrocoque e Petrobras.

Após o ocorrido, a fábrica de fertilizantes Anglo American Fosfatos Brasil foi multada em 10 mil unidades fiscais do Estado de São Paulo (UFESPs) pela agência ambiental de Cubatão da Cetesb. Cada unidade fiscal vale R$ 21,25, resultando R$ 212,5 mil em multa para a empresa.

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