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A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos propôs aos comerciantes e moradores da Avenida Washington Luiz (Canal 3) reduzir pela metade o horário de proibição do estacionamento de veículos na via. A alternativa foi apresentada ontem durante reunião na sede do órgão. A medida previa o bloqueio das 7h às 20h e entraria em vigor no mês passado. No entanto, após protestos, a Administração Municipal voltou atrás. Um novo encontro, na próxima semana, deverá por fim ao impasse.
“A CET propôs proibir o estacionamento das 7h às 12h, no sentido Praia-Centro, e das 12h às 20h, no sentido Centro-Praia. Apresentamos uma contraproposta e eles disseram que vão avaliar. Voltamos a negociar na próxima semana”, disse Maros Denari, proprietário de uma clínica dentária, que fica no Canal 3.
A contraproposta apresentada pelos comerciantes e moradores à CET é que os estacionamentos sejam alternados ao longo da via. “Que em alguns pontos da avenida, os horários de sejam ampliados e haja mais folga. Não é o que pretendíamos, mas já conseguimos avançar”, destaca. A ideia do grupo era que o estacionamento fosse proibido apenas no horário de pico, das 16h30 às 19h30.
Inicialmente, o projeto da CET era proibir o estacionamento de veículos das 7h às 20h. O órgão tinha como base estudos que mostram o tráfego intenso de veículos na pista durante todo o dia. Atualmente é proibido estacionar no sentido Centro-Praia das 17h às 20h.
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A decisão da CET causou insatisfação nos comerciantes, que temem prejuízos, e nos moradores, que estão preocupados com a prestação de serviços como mudanças e entregas. Eles decidiram, no início de outubro, organizar um abaixo-assinado rejeitando a medida. O vereador Ademir Pestana (PSDB), que acompanha as negociações, encaminhou requerimento ao órgão solicitando a reavaliação do projeto.
O Diário do Litoral entrou em contato com a CET e o órgão informou que se manifestaria sobre o assunto hoje.
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Sociedade
As discussões em torno da proibição do estacionamento fizeram com o que o grupo de comerciantes e moradores criasse o movimento Socieade Amigos do Canal 3. Segundo Denari, o objetivo é ampliar o debate.
“É importante que tenhamos uma discussão mais ampla sobre o assunto. Não ficar apenas no âmbito do estacionamento. É preciso discutir a mobilidade urbana como um todo. Isso envolve a melhoria do transporte público, das vias e da sinalização, e também a realização de campanhas educativas”, ressalta.
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De acordo com o comerciante, outros fatores prejudicam a fluidez do tráfego no Canal 3. “Não há sincronização nos semáforos e falta disciplina nas ruas adjacentes, onde há escolas instaladas”, afirma.
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