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A prefeita Marcia Rosa e sua equipe de governo, incluindo o vice-prefeito Donizete Tavares e o secretário de Gestão, César Pimentel, receberam ontem a imprensa para esclarecer como andam as investigações da Administração sobre as denúncias levantadas contra o Cemitério de Cubatão.
“Estamos fazendo uma investigação detalhada e apurada, não omitimos nenhuma informação. E não podemos admitir que o sofrimento de tantas pessoas se torne espetáculo político, como está sendo feito por algumas pessoas”, explicou a chefe do Executivo.
Marcia informou ainda que a Prefeitura está determinada em apurar, da forma devida e aprofundada, sem qualquer viés político, os episódios envolvendo o Cemitério Municipal. Ela também manifestou solidariedade à família atingida pelo incidente envolvendo a exumação e transferência de restos mortais. “Não vamos medir esforços para tentar localizar os ossos do marido da Roberta. Esse é o nosso desejo. Pedi para interditar o ossário para que não sofra alterações e já contatamos empresas que fazem DNA. A gente se coloca no lugar e sei que precisamos dar uma resposta à família”.
De acordo com secretário de Gestão, a Administração tem mantido contato permanente com todos os familiares envolvidos para informar as investigações e coletar informações que auxiliem nos trabalhos. “No entanto, é importante que os munícipes que foram à Câmara fazer outras denúncias também às façam à Prefeitura. Somente com essas informações é que teremos como averiguar todas as possíveis irregularidades”.
A determinação da Prefeitura é fazer um trabalho detalhado e definitivo, para que os responsáveis sejam punidos e os servidores inocentes não sejam prejudicados. “Queremos melhorar o sistema, para dar tranquilidade à população e transparência aos procedimentos”, disse César.
Comissão faz nova diligência
Na manhã de ontem, os vereadores da Comissão Especial (CEV) que apura irregularidades no Cemitério foram ao local para tentar abrir a campa em solo da munícipe Neide Silva da Purificação de França, que na última quarta-feira, dia 24, denunciou o possível desaparecimento dos restos mortais de sua mãe, Maria do Carmo Silva da Purificação.
Na administração do Cemitério, ao pedir a abertura da campa, Neide recebeu a negativa do funcionário do local. “Não podemos autorizar esta abertura sem que alguém tenha morrido de fato. Desta forma, somente com um pedido judicial”, informou.
“Com esta negativa, faremos todos os procedimentos para que a Neide entre com este pedido na Justiça para que ela averigue se os supostos restos mortais do corpo da mãe ainda estão na campa”, explicou o membro da CEV, vereador Fábio Roxinho (PMDB).
Hoje a CEV deve ouvir os três funcionários do Cemitério que foram afastados pela Prefeitura após a primeira denúncia de irregularidade no local, feita pela funcionária pública Roberta Reis. “Encaminhamos o ofício e esperamos a vinda dos funcionários à Câmara na tarde de amanhã (hoje)”, explicou o vereador Dinho Heliodoro (SDD).
Preocupação
Durante a permanência da reportagem no Cemitério, algumas famílias foram ao local para averiguar se suas campas e os restos mortais de seus parentes estavam em perfeito estado.
“Sou de Santa Catarina e estou na Cidade há 15 dias. Meu pai está enterrado aqui. Depois de ver as reportagens, resolvi conferir se está tudo certo com a campa”, explicou a aposentada Maria da Conceição Mendonça Cerrado.
O mesmo fez o aposentado Jessé Sales, morador da Cidade há 60 anos. “Fiquei preocupado. Fui até a campa e aparentemente está tudo certo”.
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