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Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) junto com o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) apontou que o consumidor brasileiro irá pagar, em média, 5,44% a mais pelos alimentos tradicionais para a ceia de Natal.
O estudo destacou o aumento, principalmente, das frutas cristalizadas (16,46%), a avelã (13,27%), a castanha do Pará (11,82%), as nozes (8,99%), o bacalhau (4,77%) e o panetone (2,75%).
Entretanto, para o consumidor santista, esse aumento não deve refletir no bolso. Com estoques de mantimentos adquiridos antes da alta do dólar, alguns empórios da região não tiveram tempo para realizar o reajuste. Com isso, o cliente irá pagar o preço antigo dos produtos.
A situação causa preocupação para os proprietários dos locais conhecidos pela comercialização de alimentos importados. Marcelo Gil Figueira, dono do Laticínios Marcelo, explicou a situação.
“Não tivemos nem tempo de rodar com preço. Tudo que nós fizemos foi de junho a setembro. Tudo que eu tenho catalogado, feito, está com esse preço. A mercadoria foi comprada nesse período, com o dólar mais baixo, mas não tivemos tempo, com a movimentação de hoje na casa, de alterar nada. Nós mantivemos os preços normais. Temos que ver o que vai acontecer no ano que vem. Esses reajustes, as alterações. Pelo câmbio que hoje está se falando é muito alto”.
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O empresário demonstrou preocupação com as futuras compras. “A decisão beneficia o consumidor. Porém, a gente fica descapitalizado porque o nosso material que está sendo movimentado não está atualizado. A gente pode ter prejuízo”.
Mesmo com o risco, Figueira garantiu que irá manter os preços antigos. “Isso vai até o Réveillon com o mesmo preço. Não tem porque assustar o consumidor no momento”.
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Segundo o proprietário, a expectativa é que o crescimento da procura por importados, em relação a 2013, seja entre 5% e 10%. Ele destacou que os presentes de Natal são os que mais atraem consumidores. “As pessoas vêm comprar presentes e aproveitam para comprar a ceia de Natal, ingredientes. Mas, no momento, as cestas de presentes estão correndo mais solto”.
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