Cotidiano

Ceias de Natal não vão ficar mais caras, apesar do dólar

Com estoque de produtos importados comprado antes da alta, alguns empórios não tiveram tempo para reajustar preços

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 19/12/2014 às 22:44

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Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) junto com o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) apontou que o consumidor brasileiro irá pagar, em média, 5,44% a mais pelos alimentos tradicionais para a ceia de Natal.

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O estudo destacou o aumento, principalmente, das frutas cristalizadas (16,46%), a avelã (13,27%), a castanha do Pará (11,82%), as nozes (8,99%), o bacalhau (4,77%) e o panetone (2,75%).

Entretanto, para o consumidor santista, esse aumento não deve refletir no bolso. Com estoques de mantimentos adquiridos antes da alta do dólar, alguns empórios da região não tiveram tempo para realizar o reajuste. Com isso, o cliente irá pagar o preço antigo dos produtos.

A situação causa preocupação para os proprietários dos locais conhecidos pela comercialização de alimentos importados. Marcelo Gil Figueira, dono do Laticínios Marcelo, explicou a situação.

“Não tivemos nem tempo de rodar com preço. Tudo que nós fizemos foi de junho a setembro. Tudo que eu tenho catalogado, feito, está com esse preço. A mercadoria foi comprada nesse período, com o dólar mais baixo, mas não tivemos tempo, com a movimentação de hoje na casa, de alterar nada. Nós mantivemos os preços normais. Temos que ver o que vai acontecer no ano que vem. Esses reajustes, as alterações. Pelo câmbio que hoje está se falando é muito alto”.

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Presentes de Natal têm atraído consumidores em empório de Santos (Foto: Matheus Tagé/DL)

O empresário demonstrou preocupação com as futuras compras. “A decisão beneficia o consumidor. Porém, a gente fica descapitalizado porque o nosso material que está sendo movimentado não está atualizado. A gente pode ter prejuízo”.

Mesmo com o risco, Figueira garantiu que irá manter os preços antigos. “Isso vai até o Réveillon com o mesmo preço. Não tem porque assustar o consumidor no momento”.

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Segundo o proprietário, a expectativa é que o crescimento da procura por importados, em relação a 2013, seja entre 5% e 10%. Ele destacou que os presentes de Natal são os que mais atraem consumidores. “As pessoas vêm comprar presentes e aproveitam para comprar a ceia de Natal, ingredientes. Mas, no momento, as cestas de presentes estão correndo mais solto”.

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