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Daniela Origuela
Uma mistura de nomes, cores, fotos e números nas ruas de São Vicente. Nos canteiros centrais das principais vias da cidade, a disputa eleitoral se dá em torno de um espaço para a colocação dos tradicionais cavaletes. As peças dividem espaço com pedestres e, em alguns locais, com lixo e entulho. Há inclusive placas fixadas em espaços proibidos pela legislação eleitoral.
A Reportagem iniciou o acompanhamento na Avenida Antonio Emmerich. A partir da divisa com o município de Santos, os cavaletes, enfileirados, formam o cenário do canteiro central. Em um determinado trecho, cinco peças de um mesmo candidato.
“Está péssima essa situação. Dias atrás tive que ajudar uma senhora que tropeçou em um cavalete caido no chão”, disse o eletricista José Batista que passava pelo local.
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Outra pedestre destaca a falta de espaço para transitar. “A gente tem que desviar delas, mas nos sobra apenas as beiradas das calçadas”, ressalta Ana Paula Amorim.
Seguindo pelas avenidas Capitão Mor Aguiar e Capitão Luis Pimenta, que ficam entre o Centro e o Parque Bitaru, a situação é a mesma. Com as árvores do canteiro central, os cavaletes são ajeitados próximo às passagens de pedestres e rampas de acessibilidade.
Na Avenida Nações Unidas, na Vila Margarida, o cenário se modifica um pouco. A diversidade de candidatos é a mesma, porém a fila de cavaletes se mistura aos sacos de lixo e entulho depositados no canteiro central.
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Placa fixa
Ao seguir para Área Continental, a Reportagem se depara com a placa do candidato a deputado estadual Junior Bozzella (PSDB) fixada com vigas de madeira na saída da Ponte dos Barreiros. Em um espaço de 150 metros, mais três placas iguais instaladas às margens da linha férrea, na Avenida Angelina Pretti.
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A Lei 9.504/1997 veda a fixação de placas em locais que dependa de cessão ou permissão do Poder Público, e nos de uso comum, como pontes e passarelas. A legislação também define os horários para a colocação e retirada dos cavaletes, entre as 6h e às 22h.
Adriana Varela, chefe da 340ª Zona Eleitoral de São Vicente, afirma que ações de fiscalização serão realizadas. Os candidatos que cometerem irregularidades serão notificados.
“A lei é bem clara. A propaganda deve ser móvel, e não pode dificultar o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.”, explica Adriana.
A assessoria do candidato Junior Bozzella informou em nota oficial que todos os materiais de propaganda foram confeccionados conforme o padrão que é estabelecido pela legislação eleitoral. Da mesma forma, todas as placas colocadas têm autorização dos proprietários das residências e terrenos e as equipes de rua são orientadas a agir segundo os critérios de afixação de propaganda política definidos por lei, segundo a nota.
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Os cavaletes, ainda segundo a assessoria, são colocados a partir das 8h e retirados antes das 22h, diariamente. “Qualquer situação divergente disso será apurada”, finaliza a nota.
No vazamento de esgoto, três cavaletes
“Coloquei os cavaletes aqui para chamar a atenção”. A frase é do pensionista João Nascimento morador da Avenida Nações Unidas, na Vila Margarida, em São Vicente. Em frente a sua residência, três cavaletes encobrem um vazamento de esgoto. Enquanto a Reportagem apurava o caso, um motociclista cai ao escorregar na água empoçada no local.
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“Há mais de um mês a gente reclama com a Codesavi, que fica aqui em frente, e nada. Alguém precisa fazer alguma coisa”, afirma o pensionista. Próximo ao local existe um ponto de ônibus e o tráfego de veículos é intenso.
Em nota a Sabesp informou que encaminhou uma equipe técnina ao local, na tarde de ontem e, após vistorias na via, constatou que o caso está relacionado ao sistema de drenagem das águas pluviais, cuja manutenção não é de responsabilidade da Companhia.
Para contribuir com a solução da ocorrência, a Sabesp disse que agendará ainda uma inspeção conjunta no endereço junto aos técnicos da Codesavi.
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