O vírus é altamente contagioso e sua transmissão ocorre principalmente pela via oral-fecal / Divulgação/PMPG
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Na última quinta-feira (9), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) atualizou o boletim de qualidade das praias do litoral de São Paulo.
O relatório destacou 51 praias impróprias para banho, sendo duas registrando o vírus causador do surto de virose na região.
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Causador de gastroenterite com sintomas como diarreia intensa, vômitos e febre alta, o Norovírus foi identificado em amostras de água coletadas no Guarujá e em Praia Grande na última quarta-feira (8).
O vírus é altamente contagioso e sua transmissão ocorre principalmente pela via oral-fecal, o que tem favorecido o aumento dos casos de virose na região.
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A cidade de Praia Grande, localizada na Baixada Santista, ocupa o primeiro lugar na lista, com 11 praias classificadas como impróprias.
No Litoral Norte, 18 praias também foram reprovadas pela Cetesb, sendo sete em São Sebastião, quatro em Ubatuba e seis em Ilhabela.
O aumento de praias consideradas impróprias está relacionado à contaminação por bactérias como Escherichia coli e enterococos, que indicam poluição causada por esgoto.
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Ubatuba: Itaguá (2 trechos), Rio Itamambuca, Perequê-Açu, Perequê-Mirim
Caraguatatuba: Prainha
São Sebastião: Cigarras, São Francisco, Arrastão, Pontal da Cruz, Deserta, Porto Grande, Preta do Norte
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Ilhabela: Sino, Siriúba, Itaquanduba, Portinho, Feiticeira, Julião
Guarujá: Perequê, Enseada (1 trecho)
Santos: Embaré, Boqueirão, Gonzaga, José Menino (2 trechos)
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São Vicente: Milionários, Gonzaguinha, Prainha
Praia Grande: Canto do Forte, Boqueirão, Guilhermina, Aviação, Vila Tupy, Ocian, Maracanã, Vila Caiçara, Vila Mirim, Real, Flórida
Mongaguá: Central, Vera Cruz, Santa Eugênia, Agenor de Campos
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Itanhaém: Parque Balneário, Centro, Jardim São Fernando, Sonho, Balneário Jardim Regina, Balneário Gaivota
O surto de virose registrado no Guarujá no final do ano passado, que levou muitos turistas e moradores a procurarem atendimento médico devido a sintomas como náuseas, diarreia e dores abdominais intensas, evidenciou problemas de saúde pública na região.
O aumento na demanda sobrecarregou o sistema de saúde local, levando a Prefeitura do Guarujá a solicitar à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) uma investigação sobre possíveis vazamentos e ligações clandestinas de esgoto que poderiam estar contribuindo para os casos registrados.
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Em nota, a Sabesp negou qualquer ligação entre o surto e suas operações, afirmando que não foi oficialmente notificada pela prefeitura.
A empresa ressaltou que a cidade possui cerca de 45 mil imóveis irregulares, os quais podem estar despejando esgoto em redes de águas pluviais, impactando negativamente a qualidade das praias.