Causa de queda de avião de Eduardo Campos ainda é desconhecida

Alguma hipóteses levantadas sobre as causas do acidente aéreo que matou o candidato a presidente da República, Eduardo Campos (PSB). foram descartadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à FAB (Força Aérea Brasileira). Oficiais do órgão realizaram uma apresentação ontem (26), em Brasília, para falar sobre a coleta de dados da queda da aeronave.

De acordo com o Cenipa, estão descartadas colisões com aves, veículos não tripulados (Vants) ou outros objetos no ar. Também foi constatado que não houve incêndio na aeronave antes da queda.

O órgão ressaltou que ainda não é possível dizer que houve falha humana, mas apontou que os pilotos fizeram um trajeto diferente do previsto na carta de recomendação após a tentativa de pouso na Base Aérea de Santos, em Guarujá.

O chefe do Cenipa, brigadeiro-do-ar Dilton José Shuck, falou sobre as investigações. “Ainda estamos entrando nessa fase de análise para chegarmos às conclusões. Nós ainda vamos interpretar esses dados para a gente chegar ao momento em que a gente diga: ‘sim, isso contribuiu” ou ‘não, isso não contribuiu’”, disse.

Outro dado levantado é que os pilotos do avião de Eduardo Campos não possuíam treinamento recomendado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para pilotar o Cessna 560XL.

Ainda segundo o Cenipa, a última gravação do gravador de voz do avião, que deveria gravar as conversas da tripulação, era de 23 de janeiro de 2013. As gravações são consideradas fundamentais para esclarecer as condições que levam à queda de aviões.

Queda

No dia 13 de agosto, Eduardo Campos e mais quatro passageiros, além de dois tripulantes, morreram quando um jato Cessna 560XL caiu em Santos, no litoral de São Paulo. O avião havia decolado no Rio de Janeiro com destino a uma base aérea na cidade do Guarujá.