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O acidente que matou a menina Grazielly Almeida Lames, de três anos, em Bertioga, está perto de ter uma sentença. Ontem, o empresário José Augusto Filho foi ouvido em juízo pela primeira vez e encerra a série de depoimentos. “O próximo passo são alegações finais do Ministério Público e dos advogados de defesa e acusação, para então o juiz determinar a sentença”, explica o advogado Armando de Mattos Júnior, que acompanhou o depoimento do proprietário da moto aquática que atingiu a criança.
O advogado afirma ainda que a sentença deve ser proferida até o final do primeiro semestre. Segundo Júnior, Cardoso respondeu somente às perguntas do juiz, calando-se para questões do Ministério Público de demais advogados de defesa presentes.
O caso completa três anos no próximo dia 18 deste mês. “A defesa prorrogou este caso até aqui. Mas eu quero este homem (José Augusto Cardoso) preso. Ele é o responsável, ele é o dono da moto, ele permitiu que a criança pegasse e quase cometesse um ‘strike’ humano. Ele deve ser punido por homicídio, omissão de socorro e lesão corporal. Isto é o que eu vou pedir em minhas alegações finais”, explica o advogado José Beraldo, responsável pela defesa da família da vítima. O depoimento do empresário foi prestado em Suzano, no interior de São Paulo.
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O caso
O acidente aconteceu no dia 18 de fevereiro de 2012, sábado de Carnaval, em Guaratuba, praia de Bertioga. De acordo com informações de testemunhas, o veículo era conduzido por um adolescente de 13 anos em alta velocidade. Grazielly, que brincava na beira d’água perto da mãe e via o mar pela primeira vez, foi atingida na cabeça pela moto aquática. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. O corpo da menina foi enterrado em Arthur Nogueira, no interior de São Paulo, onde morava com os pais.