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A segunda testemunha ouvida hoje (19) na audiência de instrução e julgamento do caso do desaparecimento do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza disse que era comum as equipes dos soldados Avelar e Vital, da Unidade da Polícia Pacificadora (UPP), abordarem de forma violenta moradores na comunidade da Rocinha. Os dois soldados estão entre os 25 réus no processo.
A testemunha mora na Rocinha e era amiga de Amarildo, que havia prestado serviços de auxiliar de pedreiro para ela. A pedido da juíza Daniella Alvarez, da 35ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a identidade do depoente não foi revelada. A testemunha disse que foi ameaçada por policiais militares (PMs) da UPP da Rocinha e se sente intimidada.
No depoimento, a testemunha disse que essas equipes "davam tapa na cara, choque elétrico e saco na cabeça geral dos moradores para pegar informações" e presenciou atos de tortura praticados pelo grupo do soldado Avelar. Também disse que a casa de um de seus irmãos foi invadida por policiais e alvejada, e o irmão foi torturado por policiais, que o teriam confundido com um traficante. A testemunha falou por cerca de 40 minutos.
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O terceiro depoente também é morador da Rocinha e menor de idade. A imprensa não foi autorizada a acompanhar a audiência.
Com isso, foi encerrada a fase de depoimentos da acusação, na qual foram ouvidas dez testemunhas em três sessões. Na primeira audiência, no dia 20 de fevereiro, foram ouvidos o delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios; a delegada Ellen Souto e do inspetor de polícia, Rafael Rangel.
Os soldados da Polícia Militar Alan Jardim, Dezia Juliana da Costa e Carolina Martins prestaram depoimento no dia 12 de março. Houve também na sessão passado um depoimento sigiloso de mais um policial, após o enceramento da audiência, por volta das 22h.
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Neste momento, está depondo o delegado da Polícia Civil Orlando Zaconni, da 30ª Delegacia de Polícia, que foi responsável pelo processo nos 15 primeiros dias.
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