Cotidiano

Cartões de estacionamento em Santos chegam a R$ 5

A Reportagem percorreu o Centro da Cidade e constatou que alguns comerciantes autorizados cobram o mesmo valor que flanelinhas

Publicado em 22/06/2015 às 10:26

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A falta de opção em virtude da queda de cabines aliada a um número baixo de agentes nas ruas está inflacionando o valor de venda de cartão de estacionamento regulamentado. A Reportagem do Diário do Litoral esteve circulando pelo Centro da Cidade e, além de ter constatado a informação acima, descobriu cartões sendo negociados por até R$ 5,00 por duas horas de permanência não só pelas mãos de flanelinhas, como pelos balcões dos comerciantes credenciados.

Vale lembrar que o preço oficial dos cartões é R$ 2,00 por uma hora e R$ 3,50 por duas. No entanto, em pelo menos dois pontos comerciais da Rua Amador Bueno, o cartão é comercializado por R$ 2,50 (uma hora)/R$ 4,00 (duas) e R$ 3,00 e R$ 5,00 respectivamente.

O arquiteto Leandro Neves, enquanto estava negociando o valor do cartão com um flanelinha próximo à Rua do Comércio, revelou que não vê outra opção. ”Pagamos tanto imposto e ainda temos quenos submeter a isso (compra de terceiros) por conta da falta de cabines. Consegui negociar por R$ 4,00”, disse.

Estacionamento regulamentado: centro tem poucos agentes vendendo cartões (Foto: Matheus Tagé/DL)

O despachante Alexandre Flaibam, afirma que a falta de opção dá no bolso dos motoristas. “Eu já entrei em revenda autorizada e comprei por R$ 5,00, como bancas de jornal. O Gonzaga está na mão dos flanelinhas”, reclama.

Cabines retiradas aos poucos

No último dia 30, o Diário já havia informado muitas cabines foram retiradas em Santos. Apenas o da Praça José Bonifácio, no Centro, funciona. Conforme constatado, o posto de venda da Rua Bahia, no Gonzaga, está desativado por falta de manutenção. O posto do Boqueirão foi retirado, bem como o que estava próximo ao Poupatempo da Rua João Pessoa e o que tinha na Praça da República (Centro). Além disso, segundo uma fonte de dentro da empresa, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) diminuiu muito o número de agentes de trânsito responsáveis pela fiscalização.
Segundo o funcionário que pediu sigilo de sua identidade, o resultado da falta de agentes e cabines (que servem também como pontos de fiscalização) é o aumento do número de flanelinhas atuando principalmente nos bairros do Centro e Gonzaga. “Os flanelinhas já descobriram que o número de agentes de fiscalização e venda de cartões é inferior. Um passa para o outro. O Município está perdendo dinheiro. Além disso, o atendimento ao usuário também está sendo negligenciado, principalmente nos períodos de pico quando boa parte é deslocada para fiscalizar os corredores de ônibus”, revelou na ocasião, alertando que seria preciso contratar pelo menos mais 12 agentes para minimizar a situação.
 
Prefeitura

A Administração alerta que o estabelecimento comercial credenciado pela CET não poderá de forma alguma comercializar cartões por preço acima do estabelecido. Isso porque o proprietário do comércio assina contrato com a CET comprometendo-se a comercializá-los pelo valor de face. Ele compra os cartões da CET e recebe desconto de 15%. A Companhia fornece banner e cartaz para identificar que o local é posto de venda autorizado pelo órgão de trânsito.

A CET efetua fiscalização nas lojas conveniadas. Caso pratiquem a venda acima do valor estabelecido, elas tornam-se imediatamente descredenciadas. A Companhia recomenda aos motoristas para que comprem os bilhetes apenas de estabelecimentos conveniados, que somam 121 na Cidade, além dos agentes de trânsito. A lista completa com os pontos de venda está no site da CET (www.cetsantos.com.br - Trânsito Estacionamento Regulamentado).

 

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