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Um carro-bomba explodiu nesta terça-feira num mercado na cidade de Maiduguri, nordeste da Nigéria, matando ao menos 13 pessoas, mas segundo testemunhas as vítimas fatais chegam às dezenas.
A cidade é um berço do Boko Haram, organização fundamentalista islâmica cujo nome significa "a educação ocidental é pecado". O grupo é o principal suspeito de ter realizado uma série de ataques recentes a bomba no país do oeste africano.
Os explosivos desta terça-feira estavam escondidos embaixo de uma carga de carvão na carroceria de uma picape, segundo testemunhas que falaram em condição de anonimato por temer represálias.
O comerciante Daba Musa Yobe, que trabalha perto do mercado, disse que a bomba explodiu logo após a abertura do local, às 8h, antes mesmo da chegada da maioria dos comerciantes e clientes. Barracas e bens foram reduzidos a escombros assim como a lataria de cinco carros e de alguns táxis triciclo que se incendiaram com a explosão.
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Yobe disse que as forças de segurança isolaram a área, mas tiveram dificuldades para manter as pessoas afastadas, apesar dos avisos de que poderia haver explosões secundárias.
Testemunhas disseram ter viso cerca de 50 corpos no local. Mas o número de mortos poderia ter sido muito maior caso não fosse Ramadã. No mês sagrado, os muçulmanos fazem jejum entre o nascer e o pôr do sol e só se alimentam depois que anoitece. Dessa forma, poucos comerciantes e clientes estavam no mercado.
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Um oficial de segurança que estava no local confirmou a explosão e disse que muitas pessoas devem ter morrido. Ele falou em condição de anonimato porque não tem autorização para falar com meios de comunicação.
Na semana passada, explosões tiveram como alvo o maior shopping center da capital Abuja, matando 24 pessoas. Numa escola média da cidade de Kano, norte do país, o ataque matou pelo menos oito pessoas
Maiduguri, cidade de mais de 1 milhão de habitantes, tem sido alvo de vários ataques. Em março, a explosão de dois carros-bomba matou mais de 50 num mercado noturno onde as pessoas assistiam a um jogo de futebol num telão.
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O Boko Haram atraiu a atenção internacional desde abril, quando sequestrou mais de 200 meninas em idade escolar de uma cidade do nordeste do país.
Na noite de segunda-feira, o Exército anunciou que havia detido uma célula de inteligência terrorista e prendido um empresário que "participou ativamente" do sequestro que causou indignação no mundo todo.
Não estava claro se a ação vai ajudar no resgate das 219 meninas que ainda são mantidas em cativeiro. O Boko Haram ameaça vendê-las para se casarem ou como escravas se o governo nigeriano não trocá-las por insurgentes presos.
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