Cotidiano

Cantareira tem chuva pelo 2º dia consecutivo

O volume de chuva de até 29,5 milímetros registrado ontem diminuiu o pessimismo no governo paulista quanto a um possível racionamento de água

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/02/2014 às 11:59

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O volume de chuva de até 29,5 milímetros registrado ontem pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) de São Paulo nos reservatórios que abastecem o Sistema Cantareira deu uma trégua no pior período de estiagem da história do manancial e diminuiu o pessimismo no governo paulista quanto a um possível racionamento de água na Grande São Paulo.

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A maior pluviometria de ontem foi no Rio Atibaia, que abastece a região de Campinas. Já o Jaguari, considerado o principal abastecedor de água do Cantareira, registrou 20 milímetros até o início da noite de ontem. O balanço das chuvas em todo o sistema só será atualizado às 9h de hoje pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Entre quinta e sexta-feira, o manancial todo registrou 10,6 milímetros, o maior índice do ano para um único dia. A média histórica para o mês de fevereiro é de 202,6 milímetros. A chuva ajudou a frear o ritmo de queda do volume de água armazenado no Cantareira, que atingiu ontem 18,7% da capacidade, a mais baixa da história.

Em janeiro, a Sabesp contratou por R$ 4,5 milhões uma empresa que bombardeia nuvens para induzir chuva no Sistema Cantareira. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) aposta na política de descontos para quem economizar água e na perspectiva de mais chuva nos próximos dias para evitar o racionamento de água na Grande São Paulo.

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A queda do volume de água armazenado no Cantareira atingiu ontem 18,7% da capacidade (Foto: Denny Cesare/Futura Press)

Ontem, o comitê anticrise criado para monitorar a estiagem no Cantareira e apresentar propostas para evitar o rodízio de água adiou para a próxima terça-feira a conclusão de um relatório técnico com as recomendações de redução de consumo para o governo.

A Sabesp ainda está finalizando o plano para captar água no chamado "volume morto" (fundo dos reservatórios) do manancial, que, se levado a diante, só deve ser utilizado para garantir o abastecimento no meio do ano, período de seca.

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Capital. Na cidade de São Paulo, a chuva de ontem causou o transbordamento do córrego Ribeirão Vermelho, na Estrada Turística do Jaraguá, o que deixou a Subprefeitura de Pirituba/Jaraguá em estado de alerta por cerca de uma hora.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a região mais atingida foi Pirituba, onde a estação meteorológica registrou 81 milímetros até as 22h50. Em alguns pontos da zona norte caiu granizo. As precipitações só não atingiram a zona leste da cidade. Até as 23h, 21 pontos de alagamento foram registrados pelo CGE - sete deles intransitáveis.

A forte chuva na Grande São Paulo também causou danos ao telhado do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. No Terminal 2, conforme divulgou a GRU Airport, que administra o aeroporto, houve "concentração excessiva de água" em alguns pontos. Segundo a GRU, a manutenção foi acionada e as áreas, isoladas. "Ressaltamos que não foi identificada nenhuma ocorrência de dano ao usuário e as operações do aeroporto não foram impactadas", informou ainda o aeroporto.

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