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Até o final da Copa do Mundo, uma campanha alertará para o uso de preservativos para evitar a transmissão do HIV nas cidades-sede. No Rio de Janeiro, 500 mil camisinhas femininas e masculinas serão distribuídas junto com material explicativo. Hoje (13), no centro da cidade, o Grupo pela Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids (Grupo pela Vidda) deu o pontapé na iniciativa, chamada "Proteja o Gol", esclarecendo pedestres no Largo da Carioca. No Brasil, a doença provoca 12 mil mortes e infecta 40 mil pessoas por ano.
A coordenadora de Mulheres da organização, Mara Moreira, esclarece que não é correto falar em grupo de risco, embora a doença avance mais entre jovens e mulheres com mais de 40 anos. Mara explica que qualquer pessoa que mantém relações sexuais, incluindo a prática de sexo oral - que deve ser feito com camisinha - sem proteção, corre o risco de pegar o vírus. Ela lembra ainda que 718 mil pessoas vivem com HIV no país, sendo que 150 mil não sabem que têm a doença.
“É uma epidemia que é considerada uma pandemia, são muitas pessoas infectadas. Há constante necessidade de prevenção e conscientização”, declarou a coordenadora. Ela ressalta que, apesar de o tratamento ter avançado nos últimos anos, a Aids não tem cura. “A doença danifica o corpo das pessoas vivendo com o HIV, como eu, mas com várias dificuldades na adesão ao medicamento, que é muito tóxico. Somente a camisinha vai prevenir essa doença”, afirma.
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Quem passou pelo Largo da Carioca, ponto bastante movimentado do centro da cidade, recebeu preservativos de voluntários que reforçaram o time da campanha. Para o taxista André dos Anjos, informação nunca é demais para provocar uma mudança de comportamento. “As pessoas têm informação sobre a camisinha, mas vacilam, acabam esquecendo”, disse.
A atendente Paula Freitas, que também pegou um kit no local completou: “Depois que você faz sexo sem camisinha é que vem a consciência. Mas aí pode ser que você dê sorte ou azar. Não dá para correr o risco, né?”. Para não depender da sorte, ela diz que usa a camisinha.
A coordenadora do Pela Vidda também alerta para a importância de as pessoas se preveniram contra a tuberculose na Copa, doença que pode ser contraída em aglomerações, como concentrações para assistir aos jogos. “É preciso arejar o ambiente, se alguém for tossir, tampar as vias respiratórias. Esta também é uma epidemia banalizada, que não está mais somente entre os pobres. A alta sociedade está sendo atingida pelo bacilo da tuberculose e precisa se cuidar”, destacou Mara.
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A organização não governamental distribuirá preservativos e material educativo em concentrações de torcedores em seis ocasiões. Nos próximos dias 17, 23 e 28 na Fifa Fan Fest, em Copacabana, na zona sul e nos dias 4, 8 e 13 de julho no Alzirão, na Tijuca, na zona norte. A equipe de cerca de 100 voluntários fará abordagens entre 13h e 16h.
Ações espontâneas, em locais com grande movimentação de público também estão previstas até o dia da partida final do Mundial.
A campanha de esclarecimento nas cidades-sede é uma parceria com o Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), que tem como meta zerar as infecções, mortes e a discriminação de pessoas que vivem com a doença.
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