Cotidiano

Campanha busca prevenir e diagnosticar o câncer de pele no país

Conforme avaliação do Instituto Nacional de Câncer, em 2014 devem ser registrados 188 mil novos casos da doença em todo o Brasil

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 29/11/2014 às 14:12

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Uma campanha de prevenção e diagnóstico de câncer de pele está sendo realizada hoje (29) em 23 estados brasileiros pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O tumor de pele é o tipo mais comum de câncer no país. Conforme avaliação do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2014 devem ser registrados 188 mil novos casos da doença em todo o Brasil.

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Segundo a dermatologista Alice Buçard, do Hospital Federal de Ipanema, são 17 tipos de tumores de pele. De acordo com o Inca, eles são subdivididos em não melanoma, que são menos agressivos e representam a maioria dos casos (182 mil), e melanoma, mais agressivo e que deverá atingir 6 mil brasileiros.

“No caso dos tumores não melanoma, é preciso ter atenção a lesões de surgimento recente, feridas que nunca cicatrizam, lesões com aspereza, que sangram e têm alguma ardência. No caso do melanoma, normalmente é uma pinta escura. O mais comum é que seja uma pintinha castanha enegrecida, que surge e cresce rapidamente ou que o paciente tem por toda a vida e, de repente, muda de tamanho”, disse a médica.

Acrescentou que o câncer de pele tem como principal fator de risco a exposição solar. O tipo melanoma também pode ser causado por questões genéticas. “Moramos em um país com sol o tempo inteiro. A gente realmente se expõe de forma e em horários errados, sem proteção solar adequada. O câncer de pele atinge desde aquele mais branquinho até o negro. É um engano achar que o negro não tem câncer de pele”, observou Alice.

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O tumor de pele é o tipo mais comum de câncer no país (Foto: Divulgação)

O Hospital Federal de Ipanema é uma das unidades do Ministério da Saúde que aderiram à campanha no Rio de Janeiro. Segundo Selena Bezerra, diretora do hospital, para os casos diagnosticados hoje será organizado um mutirão cirúrgico ainda este ano. “O mutirão será realizado em dezembro para casos de lesões suspeitas ou com câncer”, salientou.

Professor universitário, Thompson Andrade, 74 anos, teve câncer de pele há quatro anos, que retirou por meio de uma cirurgia. Ele participou da ação, por considerar importante manter a vigilância. Não era nenhum câncer muito perigoso, mas acho importante, de vez em quando, fazer exames para saber se apareceu algo novo”, ressaltou.

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O aposentado Antônio Paschoal Caruso, 79 anos, também resolveu fazer uma consulta na ação de hoje. Assim como no caso de Thompson, os médicos não encontraram nada suspeito. “Eles me orientaram e repassaram informações sobre o filtro solar que tenho de usar. Tenho de prevenir. É isso que os médicos afirmam”, disse.

Hoje é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele. Informações sobre a campanha e doença podem ser obtidas no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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