Cotidiano
O aumento nos ataques fez com que autoridades pedissem ajuda internacional no combate ao maior derramamento de sangue desde 2008, meses antes das primeiras eleições em quatro anos no Iraque
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Um caminhão-bomba explodiu num mercado de alimentos da cidade de Saadiya, província de Diyala, ao norte de Bagdá, matando pelo menos 30 pessoas e deixando 40 feridas nesta quinta-feira, elevando o número de mortos neste anos no Iraque para mais de 5.800.
Dois policiais disseram que testemunhas contaram a eles que um homem estacionou o caminhão no mercado e pediu aos trabalhadores que descarregassem a carga de vegetais, antes de sair do veículo
O aumento nos ataques fez com que autoridades pedissem ajuda internacional no combate ao maior derramamento de sangue desde 2008, meses antes das primeiras eleições em quatro anos no Iraque.
O ataque desta quinta-feira acontece um dia depois de uma série de atentados em todo o país, dentre eles uma onda de explosões de bombas na capital que matou 59 pessoas e deixou mais de 100 feridas.
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A explosão desta quinta-feira aconteceu por volta do meio-dia (horário local), perto de um café de um mercado da cidade de Saadiya. Os habitantes da cidade são, em sua maioria, faylis, ou xiitas curdos. Saadiya fica no interior de um território que é reclamado tanto pelo governo central quanto pela região autônoma iraquiana curda.
Os militantes geralmente se aproveitam da má comunicação entre as forças de segurança dos dois lados para realizar seus ataques
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Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas militantes sunitas da Al-Qaeda geralmente realizam atentados sangrentos, com o objetivo de prejudicar a confiança no governo, liderado pelos xiitas, e em suas forças de segurança.
Mais de 5.800 pessoas foram mortas até agora em 2013, segundo contagem da agência France Presse, feita com base em relatos das forças de segurança e fontes médicas. A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que foram mais de 5.500 mortos neste ano. Contagem da Associated Presse indica que somente em novembro 271 pessoas foram vítimas da violência no país.
O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki pediu a ajuda de Washington para um grande compartilhamento de informações de segurança e a entrega de sistemas de armas.
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Mas diplomatas e analistas dizem que o governo não está fazendo o suficiente para atacar as causas da insurgência, particularmente a frustração entre a minoria sunita, que reclama de maus-tratos das autoridades xiitas.
As eleições estão marcadas para 30 de abril, o que faz autoridades temerem a elevação do nível de violência, já que os militantes tentam desestabilizar o país antes da votação.
As autoridades também lutam para fornecer serviços básicos adequados como eletricidade e água potável e os níveis de corrupção são altos.
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Funcionários do governo também acreditam que a guerra civil na Síria encorajou grupos militantes sunitas e piorou a instabilidade no Iraque, que tem uma fronteira de 600 quilômetros com o vizinho.