Cotidiano

Após denúncias, Câmara de Santos pode instalar comissão para investigar secretária

Informações dão conta que a bancada de apoio ao governo do prefeito Rogério Santos (Republicanos) estaria desconfortável com o desgaste

Carlos Ratton

Publicado em 15/04/2025 às 06:40

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Há anos não ocorre uma CEI na Casa de leis para investigar um membro do Executivo / Nair Bueno/DL

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O vereador Allison Sales (PL) conseguiu aprovar requerimento, apoiado por seis assinaturas, para propor, na Câmara de Santos, a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a conduta da secretária Municipal de Segurança Pública, Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, também do PL.

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Tudo por conta de denúncias, de sua autoria, de possível uso indevido de viatura oficial da Guarda Municipal. “Esse é um passo importante pela transparência e pelo uso correto dos recursos públicos”, disparou Sales nas redes sociais. 

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Além de Sales, os vereadores que assinaram são Chico Nogueira (PT); Débora Camilo (PSOL); Fábio Duarte (PL); Marcos Caseiro (PT); Rui De Rosis Júnior (PL) e Sérgio Santana (PL). 

“A minha e essas seis assinaturas já são suficientes para a instalação da CEI que pode ocorrer nesta terça-feira (15) ou na próxima após o feriado”, acredita Sales. A bancada de apoio ao governo deve impedir a instalação, como impediu a convocação da secretária para dar explicações por 13 votos a sete.   

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O parlamentar afirma ter apoio popular, de diversas entidades e políticos da região e até do Estado em sua empreitada. “Não a acusei de nada, apenas estou cumprindo minha obrigação de fiscalizar. Estou recebendo mais denúncias, inclusive de funcionários públicos que estão desconfortáveis com a situação”, finaliza.

Há anos não ocorre uma CEI na Casa de leis para investigar um membro do Executivo. Informações dão conta que a bancada de apoio ao governo do prefeito Rogério Santos (Republicanos) estaria desconfortável com o desgaste. 

Inquérito

Por sua vez, Raquel está solicitando a instauração de inquérito policial contra o Sales para apurar supostos crimes de violação de sigilo funcional, perseguição e violência psicológica e difamação por meio de rede social ao sugerir a prática de peculato e outros ilícitos administrativos. 
 
Peculato é um crime cometido por funcionário público que desvia ou se apropria de dinheiro, bens ou valores públicos ou particulares. O crime é praticado contra a administração pública. Sales denunciou uso supostamente irregular e descaracterizado de veículo oficial.    

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Procurada pela Reportagem, Raquel alega que não cometeu irregularidades e que os deslocamentos estavam ligados a compromissos profissionais, especialmente relacionados à sua função pública. 

A utilização da viatura também se justificou, segundo conta, pelas ameaças de morte que sofreu no exercício do cargo. Disse ainda que Sales induziu a população ao erro a expondo como agente de segurança pública e a sério e concreto risco sua integridade física.

Alisson já revelou que alguns munícipes chegaram a dizer que iriam denunciá-lo por prevaricação caso não investigasse a questão e que vai continuar fiscalizando. Por fim, que irá se defender em caso de algum processo e, caso a CEI não seja instaurada, vai encaminhar a situação ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

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Sobre a possível CEI que estaria em curso, Raquel Gallinati afirma que nenhuma ameaça, tentativa de intimidação, manobra política ou desvio de foco — ainda que revestidos de discursos institucionais — será capaz de paralisar o trabalho de sua secretaria. 

“A eventual instauração de uma CEI, motivada por interesses políticos, não comprometerá a continuidade de uma gestão séria, técnica e verdadeiramente comprometida com a segurança da população de Santos. Seguiremos firmes e determinados no combate ao crime e na proteção da nossa cidade”, finalizou.

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