Cotidiano

Câmara decide hoje se convoca Sérgio Del Bel

Vereador santista Douglas Gonçalves (DEM) quer que secretário se manifeste para o público em geral. Presidente do Sindguardas apontou falhas na formação dos novos guardas

Publicado em 16/03/2015 às 11:04

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A Câmara de Santos decide hoje se aprova, ou não, o requerimento do vereador Douglas Gonçalves (DEM) solicitando a presença do secretário de Segurança de Santos, coronel Sérgio Del Bel, na tribuna da Casa para que apresente, ao público e à Imprensa em geral, a versão da Administração sobre todas as supostas irregularidades denunciadas pelo presidente do Sindicato dos Guardas Municipais da Baixada Santista (Sindguardas) Sérgio Lúcio da Costa.

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Semana passada, Costa revelou equívocos na formação dos 150 novos guardas municipais, em reportagem publicada com exclusividade pelo Diário do Litoral, que ganhou vários desdobramentos. O último é a abertura de uma investigação preliminar por parte do Comando da Polícia Militar (PM). Em ofício encaminhado ao Sindguardas no último dia 6 — um dia após a denúncia ser publicada — o capitão PM Marcelo Marques Azevedo, encarregado da investigação preliminar, quer saber detalhes sobre a participação de coronéis da PM no curso, para analisar se houve irregularidades cometidas pelos oficiais.

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Vereador espera a versão da Administração sobre as supostas irregularidades denunciadas pelo Sindguardas (Foto: Matheus Tagé/DL)

Em nota oficial emitida no último dia 12, o Comando da PM ratificou o início da coleta de informações e requisição de documentos que possam, no âmbito administrativo, evidenciar ou não, qualquer participação de membros em atividades em desconformidade com a legislação interna da corporação. “A coleta de informações e documentos não se presta à apreciação de qualquer ato de outros poderes constituídos, restringindo-se seus próprios integrantes, a quem, somente se no serviço ativo e em horário de trabalho, desempenha em função remunerada para terceiros, caracterizando-se desvio de conduta”, completa a nota.

O presidente do Sindguardas questiona a falta de preparo dos alunos; funcionários públicos dando aulas no lugar de instrutores da empresa contratada para dar o curso; não utilização da matriz curricular obrigatória de formação e capacitação imposta pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP); número insatisfatório de horas-aula; falta de matérias essenciais às atividades dos guardas, entre outros pontos, ratificados por um aluno em entrevista exclusiva ao Diário do Litoral, publicada no último dia 8.    

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Por seu lado, o secretário Del Bel defende que o curso foi satisfatório; que seguiu rigorosamente a matriz da SENASP; que não há um número de horas obrigatório a ser seguido (às 240 horas estavam dentro do previsto na grade curricular); que os alunos tiveram uma série de instruções na Arena Santos e em outras unidades da Prefeitura; e que os instrutores são qualificados. Também revelou que os funcionários públicos que receberam valores são capacitados e estavam fora do horário de serviço durante a participação no curso. 

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