Cotidiano

Câmara de Guarujá terá audiência sobre morador de rua

O encontro vai debater o aumento da população de rua e a situação de abandono de menores de idade

Publicado em 13/06/2013 às 17:41

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O crescente número de moradores de rua, assim como de crianças e adolescentes em estado de abandono em Guarujá e Vicente de Carvalho serão discutidos hoje, às 19 horas, na Câmara de Vereadores, durante a audiência pública cujos temas são ‘Morador de Rua’ e ‘Menor Abandonado’. A sede do Legislativo fica na Avenida Leomil, nº 175, no Centro.

O objetivo, segundo o presidente da Casa e autor da iniciativa, Marcelo Squassoni (PRB), é trazer todos os órgãos e representantes da sociedade envolvidos na questão, a fim de buscar soluções conjuntas que possam aprimorar as políticas públicas voltadas a essa população.

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“É preciso empenho das autoridades em criar ações, planos, metas e, mais do que isso, provocar uma maior consciência da população para, juntos, encontrarmos uma solução para esse problema social. Daí a importância da participação de todos”, avisa.

Cinco pessoas, em média, dão entrada no Creas, por dia (Foto: Luiz Torres/DL)

Além dos vereadores, o evento contará com a presença de representantes da Prefeitura (Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social e Secretaria de Defesa Social); do Poder Judiciário (Vara da Infância e Juventude e OAB); da Fundação Casa; das polícias Civil e Militar; dos conselhos de segurança (Consegs) do Centro, Enseada e Vicente de Carvalho; e da Associação Comercial e Empresarial de Guarujá (Aceg).

Os motivos

Conforme levantamentos da Câmara, falta de dinheiro, desemprego, problemas psiquiátricos, vício em drogas, abandono familiar, enfim, as razões pelas quais uma pessoa escolhe a rua como seu endereço fixo podem ser as mais diferentes possíveis. E isso não está condicionado a uma cidade, estado ou região específica do País.

Seja em São Paulo, seja no Rio de Janeiro, em Santos, ou em São Vicente, o fato é que as vias públicas brasileiras, de forma geral, têm servido de abrigo para um número cada vez maior de pessoas. E em Guarujá não é diferente.

O Legislativo detectou que, diariamente, Guarujá recebe, em média, cinco pessoas ‘novas’, no Centro de Referência Especializado de Assistência Social para a População em Situação de Rua (Creas Pop). Eles se somam a outras 35 pessoas que se utilizam diariamente do local — tomam café, almoçam, lavam suas roupas, tomam banho e são direcionadas a serviços municipais como o Albergue e Secretaria de Saúde, e ainda obtêm documentos e recebem passagens para retornarem aos seus locais de origem.

Segundo a Prefeitura, boa parte vem de outros municípios e estados, em um processo de migração que obedece à mesma lógica da que rege o aumento populacional da Cidade durante a temporada. Ou seja, além de ser destino de muitos turistas, Guarujá também é o destino de muitos desempregados, pedintes e de pessoas que sobrevivem de bicos.

Esse perfil é traçado a partir abordagens que são feitas periodicamente, com o apoio das polícias Militar e Civil; Guarda Civil Municipal (GCM), Divisão de Controle de Zoonoses, Desenvolvimento Social e Cidadania, assim como das empresas de transporte público e limpeza urbana do Município.

Números

A mais recente incursão do gênero ocorreu no dia 28 de maio, quando foram recolhidas 53 pessoas que permaneciam em ruas, praças e avenidas das regiões de Pitangueiras, Enseada, Santo Antônio, assim como nas imediações da Rodovia Cônego Domenico Rangoni.

Desses, 54% possuíam antecedentes criminais e era de fora do Município (52%).
Embora identificados e encaminhados aos serviços de assistência presentes na Cidade, isso não tem sido o suficiente para eliminar, nem mesmo minimizar o problema, que cresce cada vez mais. Colabora para isso a piora da situação econômica da população local na última década.

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