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Vereadores aprovaram uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), na semana passada, para apurar os problemas da Saúde no município. A comissão foi proposta pelo vereador Severino Tarcício da Silva (PSB), o Dóda, motivado por denúncias feitas pela ex-vereadora e supervisora do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência), Zilda Rodrigues, durante Audiência Pública da Saúde no último dia 17.
A supervisora, na ocasião, pediu a palavra e afirmou que as ambulâncias da cidade estavam sucateadas e que o atendimento aos munícipes estava prejudicado. Ela disse ainda que havia motoristas que não queriam trabalhar e, por isso, quebravam as ambulâncias para não ter de prestar o serviço à população. “Há motoristas que chegam a 170 quilômetros por hora com a ambulância e colocam funcionários e paciente em risco”, disse, durante a audiência pública. “Apresentando esta comissão, não estou fazendo nada além do meu papel de vereador, de fiscalizar estas denúncias gravíssimas”, justificou Dóda.
Segundo o vereador Ivan da Silva (PDT), o Ivan Hildebrando, presidente da Comissão Permanente de Saúde, as palavras de Zilda no plenário não foram um desabafo, mas denúncias graves. “Se fosse um desabafo, aqui mesmo morreria. Só tomou um corpo maior devido à gravidade do que foi colocado”, afirmou.
O parlamentar Aguinaldo Araújo (PDT) parabenizou a condução de Ivan durante a audiência pública e lembrou que as denúncias de Zilda foram feitas quando ele questionou a situação dos trabalhadores da empresa Personal, que presta serviços à Prefeitura.
Ademário da Silva Oliveira (PSDB) fez coro a Aguinaldo Araújo. “Parabenizo o vereador Dóda pela apresentação da CEI. E acrescento que eu e o vereador Dinho Heliodoro entendemos, pela gravidade do que foi colocado aqui, que é preciso uma investigação apurada. Entramos com representação no Ministério Público e foi instaurado um inquérito civil”, contou.
O vereador César afirmou que é triste ver a situação da Saúde em Cubatão. “O estopim foram as ambulâncias, mas não é apenas isso”, disse.
Prefeitura
Questionada pela reportagem do DL, o Governo Municipal explicou que vem prestando os esclarecimentos sobre o assunto e reitera que Cubatão conta com uma frota de 13 ambulâncias, sendo que nove ambulâncias estão funcionando normalmente e atendendo à população. Quatro ambulâncias estão em manutenção — quadro considerado normal para veículos de alta quilometragem rodada.
“Cabe destacar que o número de ambulâncias atendendo à população é muito acima do que é preconizado pelo Ministério da Saúde (1 para cada 50 mil habitantes) e pela Organização Mundial de Saúde (1 para cada 150 mil habitantes)”, explicou através de nota.
Quanto às demais ambulâncias que estão na garagem, que as foram mostradas em reportagem da imprensa local e também já estamparam a capa do DL, a prefeitura alega que elas não fazem mais parte da frota, pois são veículos antigos, sem condições de uso, e serão leiloados conforme procedimento administrativo que está em andamento.
Além disso, a Administração Municipal explica que as informações da funcionária durante a audiência pública já estão sendo investigadas por meio de processo administrativo aberto no dia 19 de março. “O Governo Municipal destaca ainda que o caso deve ser tratado com absoluta isenção, não devendo a Saúde ser objeto de uso ou disputa política”, comenta.
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