Cotidiano

Cães e donos podem viver sob o mesmo teto em harmonia

Pode ser doce - e sem maiores transtornos - a convivência de cães e donos em apartamentos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 05/07/2015 às 01:41

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Eles dividem o mesmo teto. Nestes apartamentos, lugar de cachorro é ao lado do dono. De raças médias ou pequenas, os mascotes ganharam espaço e livre arbítrio. Para isso, o imóvel não sofreu grandes intervenções, mas os donos fizeram algumas escolhas, que, além de trazerem qualidade de vida aos animais, preservam o bom estado da casa.

No caso da arquiteta Patricia Martinez, a solução para evitar riscos no chão do apartamento que divide com o marido e Baltazar, um buldogue inglês de 6 anos e 26 quilos, foi optar por um piso de madeira cumaru. “Madeiras mais moles, como o ipê, estão mais suscetíveis a riscos, não é uma boa ideia quando você tem um animal correndo pela casa”, diz.

Acostumado a participar de todos os momentos em família, Baltazar tem espaço cativo na sala de estar, decorada com tapete de fibra resistente, para onde gosta de levar brinquedos. “Um modelo mais delicado com certeza ficaria com aspecto gasto em pouco tempo”, comenta Patricia. A hora de dormir é o único momento em que Baltazar sai de cena e vai para um espaço na área de serviço. “Ficar nesse cantinho também o ajuda a desacelerar.”

Quem não sai de perto dos donos, o designer de interiores Gilberto Cioni e o empresário Rogério Pecchiae, é Rafaela, de 5 anos, da raça terrier escocês. Em um apartamento amplo nos Jardins, ela convive com a família até na hora de dormir. Na decoração, quadros e esculturas da raça dela e de sua “irmã” Renata, uma bull terrier que morreu aos 11 anos em fevereiro. “É uma falta enorme que ela nos faz, foi como perder um membro da família e uma parte feliz da nossa rotina”, conta Cioni.

Rafaela circula por todos os cantos do imóvel. Para isso, toma banho uma vez por semana e passa por um processo de limpeza com lenços umedecidos sempre que volta do passeio. “Fazemos isso por que ela gosta de subir na cama e nos sofás, que foram revestidos com tecido impermeável”, explica Rogério.

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A cachorrinha Rafaela, da raça terrier escocês, atenta ao chamado de 'vamos passear?' (Foto: Zeca Winter/Estadão Conteúdo)

A buldogue francês Anne Bonney é responsável por trazer ainda mais alegria à casa da executiva Luciana Perez. O rack da TV tem até espaço reservado para os brinquedos, sempre ao alcance de Anne. “Uma grande vantagem é que ela não faz nenhuma sujeira dentro de casa, só durante os dois ou três passeios que faz por dia”, diz Luciana. Aos fins de semana, é hora de subir no carro, equipado com cadeira especial e cinto de segurança, e partir para a casa no interior, onde pode correr e brincar mais livremente.

Para quem pretende ter um cachorro em casa, o veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, Mario Marcondes, chama a atenção para a escolha das raças (mais informações no box). “Buldogues têm focinho curto, o que dificulta a respiração, sendo assim, devem caminhar em horários de sol ameno. São ótimos para se ter em apartamentos e lidam bem com períodos em que ficam sozinhos.” Os da raça terrier escocês são mais brincalhões e costumam querer a atenção do dono. “É preciso adaptar o cão aos costumes dos donos, mas ele é um ser com necessidades próprias também.”

Para todo mundo ver

Estes cães ostentam em suas contas no Instagram milhares de seguidores. São registros de sua rotina abordados com bom humor pelos donos, como Ana Carolina Sanches e Leonardo Kilhian, donos de Café e Django, dois vira-latas cheios de mordomia. “A ideia de criar o perfil deles veio depois que percebemos que os nossos estavam lotados de fotos do Café, que veio primeiro”, conta Ana. Quem também tem uma conta só sua é a Estopinha, mascote do veterinário Alexandre Rossi, que já tem mais de 119 mil seguidores. O golden retriever Bob, de Luiz Higa, que vive com oito pássaros e um hamster, também tem um. “As fotos com os pássaros são tão divertidas que achei que merecia um Instagram só para elas.”

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