Cotidiano
O instituto, referência mundial na produção de soros antiveneno e de vacinas, também irá reproduzir outras quatro espécies ameaçadas de extinção
A ideia é aliar bem-estar animal com conservação e educação ambiental / Ligia Amorim
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O Instituto Butantan, referência mundial na produção de soros antiveneno e de vacinas, terá um centro de pesquisa para reprodução de espécies de jararacas endêmicas que vivem em ilhas brasileiras.
O Espaço, recém-inaugurado, irá sediar a nova unidade do Laboratório de Ecologia e Evolução para estudar aspectos das cinco serpentes ameaçadas de extinção, que são:
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Agora, as jararacas endêmicas de regiões insulares do Brasil e ameaçadas de extinção serão estudadas para uma possível reintrodução na natureza, caso as ameaças globais, como mudanças climáticas e destruição do meio ambiente, continuem pressionando os habitats onde elas vivem.
Com o custo de R$ 25 milhões, o projeto conta com uma área construída de 1.538 metros quadrados e teve parte das árvores presentes no instituto mantidas.
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Nos quatro blocos de laboratórios serão realizados diversos estudos sobre reprodução, ecologia e comportamento dos bichos. A ideia é aliar bem-estar animal com conservação e educação ambiental.
No novo espaço, o público vai poder aprender sobre cada uma das espécies, além de informações sobre o papel do Butantan como local de recepção de animais, sejam oriundos de tráfico de animais ou vindo das pessoas que levam os animais para o instituto paulista.
A estrela do novo espaço é mesmo a Jararaca Ilhoa, da famosa Ilha das Cobras, apontada por alguns como o lugar mais perigoso do mundo e que fica entre Peruíbe e Itanhaém.
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A ideia dos pesquisadores é levar para o instituto pelo menos 20 animais, além da possibilidade de coletar dois indivíduos por ano.
Outra ideia é criar um banco de sêmen, com o intuito de garantir a preservação das espécies.
O Instituto Butantan é um dos maiores centros de pesquisa biomédica do mundo. A investigação científica é a base da Instituição e, desde a sua fundação, em 1901, atua em conjunto com as demais áreas do conhecimento, desde a cultural, por meio da difusão científica, até para o desenvolvimento e produção de imunobiológicos que são fornecidos ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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Localizado em um parque, o Instituto abriga laboratórios especializados em estudos básicos e aplicados em diversas áreas da Saúde Pública.
São elas: Imunologia, Toxinologia, Biotecnologia, Biologia Molecular, Farmacologia, Biologia Celular, Bioquímica, Microbiologia, Parasitologia, Biologia Animal, Genética e Fisiologia.