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O governo da Malásia informou nesta terça-feira ter reduzido a área de buscas pelo avião da Malaysia Airlines que desapareceu. A Austrália, por sua vez, disse que a melhoria das condições climáticas deve permitir a retomada das buscas por possíveis destroços amanhã.
As equipes enfrentarão uma tarefa complexa ao vasculhar uma vasta extensão de mar agitado atrás de supostos pedaços da aeronave avistados anteriormente. "Nós não estamos buscando uma agulha no palheiro, estamos ainda tentando determinar onde é o palheiro", disse o vice-chefe de Defesa da Austrália, marechal do ar Mark Binskin, a repórteres em uma base militar em Perth, na Austrália. Até agora, as buscas vinham concentrado em dois corredores, sul e norte. Hishammuddin disse que as operações foram interrompidas no corredor norte, um arco que ia da Malásia à Ásia Central, assim como na parte norte do corredor sul, que se estende da Malásia à Antártica. Isso ainda deixa uma grande área de 1,6 milhão de quilômetros quadrados para ser varrida, mas ela equivale a apenas 20% do escopo de buscas anterior.
Em discurso ao Parlamento malaio nesta terça-feira, o primeiro-ministro do país, Najib Razak, alertou que a procura irá demorar um longo tempo e que "teremos de enfrentar desafios inesperados e extraordinários". Na segunda-feira, Najib havia anunciado que o Boeing 777 havia caído no mar sem sobreviventes. Isso foi tudo que investigadores e o governo malaio conseguiram dizer com certeza sobre o destino do avião, que fazia o voo MH370 quando sumiu, no dia 8 de março, ao fazer o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo.
As conclusões se basearam em uma análise dos sinais enviados pela aeronave a cada hora a um satélite pertencente a Inmarsat, uma companhia britânica, mesmo depois de outros sistemas de comunicação do Boeing terem parado de funcionar por motivos desconhecidos. A última informação de satélite não dá uma localização precisa, apenas uma estimativa de onde o avião teria caído no mar. Hishammudin disse que os dados ainda estão sendo analisados "para tentar determinar a posição final da aeronave" e que um grupo de trabalho internacional de especialistas em satélites e desempenho de aeronaves foi criado. Ele não deu detalhes.
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"A busca visual será retomada amanhã, quando o clima deve ficar mais favorável depois de ventos fortes e ondas pesadas terem resultado na suspensão da operação de busca na terça-feira", afirmou a Autoridade de Segurança Marítima da Austrália, que está supervisionando a procura no entorno de Perth, na Austrália. Hishammuddin afirmou que um equipamento localizador de caixa preta em alto-mar da Marinha dos EUA estava a caminho da Austrália e seria instalado em um navio de apoio da Marinha australiana, o Ocean Shield. Mas o instrumento só deve chegar à região a partir de 5 de abril.
Há 26 países envolvidos nas buscas. Hishammudin disse que os problemas enfrentados na procura pelo avião não são diplomáticos "mas técnicos e logísticos". A Marinha dos EUA também enviou um veículo submarino não tripulado para Perth que pode ser usado se destroços forem encontrados, disse o contra-almirante John Kirby, porta-voz do Pentágono. A busca por destroços e pelos gravadores do avião pode levar anos, porque o oceano tem até 7 mil metros de profundidade em alguns pontos da região.
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