Cotidiano

Brasileiro retido em Londres teve equipamento eletrônico apreendido

Na chegada, David Michael Miranda disse que foi abordado no aeroporto por vários homens que lhe disseram que seria levado a uma sala para ser interrogado

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 19/08/2013 às 13:56

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O brasileiro David Michael Miranda, de 28 anos, companheiro do jornalista americano Glenn Greenwald, que revelou a existência de um sistema de espionagem eletrônica do governo dos Estados Unidos, desembarcou hoje (19) cedo no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, depois de permanecer, nesse domingo, quase nove horas detido no Aeroporto de Heathrow, em Londres.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Na chegada, David disse que foi abordado no aeroporto de Londres por vários homens que lhe disseram que seria levado a uma sala para ser interrogado. “Fizeram perguntas sobre a minha vida inteira e ainda levaram o meu computador, o videogame, celular, máquina fotográfica e cartões de memória”, relatou. O passaporte também ficou retido e só foi devolvido depois do interrogatório.

O brasileiro David Miranda (à esq.) e o namorado, o jornalista Glenn Greenwald, no Rio (Foto: Arquivo Pessoal)

Glenn Grennwald é colunista do jornal britânico The Guardian, jornal que publicou suas denúncias. Ele aguardava o companheiro no saguão do aeroporto no Rio e considerou o episódio uma forma de intimidá-lo. “Agora, eu vou fazer reportagens com muito mais agressão do que antes. Vou publicar muito mais documentos do que antes”, disse.

Continua depois da publicidade

David Miranda retornava de uma viagem à Alemanha e, ao fazer conexão em Londres, ficou retido no terminal, onde foi interrogado com base em uma lei britânica de combate ao terrorismo. A medida das forças de segurança britânicas provocou nota de protesto do Itamaraty, na qual o governo brasileiro manifesta “grave preocupação” com o episódio. A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional também condenou a detenção.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software