Cotidiano

'Brasil está em liquidação, muito barato', diz Abilio Diniz em Nova York

A fala do empresário, que comandou o Pão de Açúcar até passar o controle para o grupo francês Casino, foi dada em coletiva à imprensa

Publicado em 02/11/2015 às 14:25

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Presidente do conselho da BRF, que é dona de marcas como Sadia e Qualy, Abilio Diniz disse, em inglês, que o "Brasil está 'for sale' [em liquidação], tenho certeza". Segundo o empresário, o país "está muito barato para investidores de fora".

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A fala do empresário, que comandou o Pão de Açúcar até passar o controle para o grupo francês Casino, foi dada em coletiva à imprensa, em evento da BRF em Nova York, nesta segunda-feira (2). No evento, Abilio defendeu o dólar na faixa de R$ 3,50.

"Especular sobre o câmbio não é bom, mas os fundamentos da economia não permitem o dólar a R$ 4, um pouco mais ou um pouco menos, mesmo com a inflação próxima a 10%", afirmou.

Para ele, a desvalorização é consequência da incerteza. "No Brasil, não há crise econômica. Há apenas crise política, falta confiança, que é o mais importante. Ninguém está investindo."

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Ele citou momentos mais graves do país, como nos anos 1980, com o país altamente endividado (Foto: Divulgação)

O empresário se disse otimista. "Não sei o que acontecerá a curto prazo, mas sei que será superado. Minha confiança no Brasil é total."

Ele citou momentos mais graves do país, como nos anos 1980, com o país altamente endividado. "Agora é totalmente diferente. Temos US$ 370 bilhões em cash", disse, em relação às reservas internacionais do país.

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"O Brasil não está crescendo, está retraindo. É um mau momento, mas é um momento, tenho certeza. No momento em que resolvermos a questão política, a solução para a economia virá muito, muito, muito rápido", afirmou.

"Não entendo muito de frango, mas entendo de economia e dediquei parte da minha vida a isso; Não há problema com a economia, mas com a política."

O empresário disse também que vê oportunidades em momentos difíceis. "Eu amo crise. Na minha vida inteira, cresci em crise. Estamos preparados para crescer durante e depois da crise."

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