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O Brasil deverá importar 24,6% menos máquinas e equipamentos para a produção industrial em 2015, projeta um estudo da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos (Abimei). No primeiro semestre, houve uma queda de 15,8% nas importações, que voltaram ao patamar de cinco anos atrás. De janeiro a junho, as empresas compraram o equivalente a US$ 20,32 bilhões em bens de capital.
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que pelo lado da demanda o recuo interanual de 11,9% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foi verificado principalmente pela redução na produção e na compra de bens de capital - que incluem as máquinas e equipamentos e também veículos, como caminhões e ônibus.
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A associação atribui o recuo previsto para o ano à escalada do dólar e ao clima de insegurança no campo político-econômico. Segundo a pesquisa, a queda mais acentuada será nos acessórios de maquinaria industrial, com uma retração de 53,1% nas importações em relação ao ano passado. Em seguida, devem ficar as chamadas máquinas-ferramenta (usadas para fabricação de peças de diversos materiais), com uma queda de 44,7% no total importado.
No primeiro semestre a queda mais expressiva se deu na importação das máquinas-ferramenta, com uma diminuição de 25,3%, seguida pela compra de acessórios de maquinaria industrial (-24 7%) e pela importação de equipamentos móveis de transporte (-22 7%).
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"A competitividade e a eficiência da indústria nacional dependem em grande medida de maquinaria e equipamentos importados. Com menos equipamentos industriais de ponta, a produtividade brasileira será prejudicada, o que vai contaminar ainda mais a cadeia econômica", diz o presidente da entidade, Ennio Crispino.
De acordo com a Abimei, a importação de bens de capital representa hoje apenas 21,4% de todas as importações no País. "É preciso abandonar essa cultura de incentivar somente o consumo e dar os incentivos à produção, o que vai ajudar a trazer equilíbrio à economia do País", defende Crispino.
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