Cotidiano

Bom Prato completa um ano de atividade oferecendo 1.350 refeições para população

Nesta sexta-feira (28), a rotina do casal foi alterada só por um motivo. Eles estavam na companhia da amiga Marcela Louise.

Publicado em 28/08/2015 às 17:53

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O casal Lurdes Mendes e Moisés Alves tem a mesma rotina diária no horário do almoço, há quase um ano: eles fazem a refeição juntos, no Bom Prato de Vicente de Carvalho (Avenida Áurea Gonzalez Conde, 47 – Jardim Progresso). A unidade completou um ano no dia 18 de agosto. Nesta sexta-feira (28), a rotina do casal foi alterada só por um motivo. Eles estavam na companhia da amiga Marcela Louise.

“Eu e meu marido somos frequentadores assíduos do Bom Prato. Um casal almoçar com qualidade pagando R$ 1 cada um, onde? Uma coxinha, por exemplo, custa R$ 4. Aqui conseguimos refeições com qualidade e por esse preço compensador. Hoje trouxe minha amiga de trabalho para conhecer. E ela aprovou. Mesmo nós, que temos emprego, criar um restaurante desses aqui em Vicente de Carvalho deu um impacto financeiro positivo no nosso orçamento, porque nos dias atuais não dá pra almoçar todo dia fora de casa”, explica Lurdes.

Assim como o casal, vários trabalhadores têm procurado umas das 1.200 refeições servidas na unidade ou os 150 cafés da manhã, que também são servidos a custo de R$ 0,50. No Bom Prato, crianças até seis anos não pagam e não há desperdício. Quem quer refeição completa pega a bandeja laranja. Para crianças e quem come menos, bandeja bege, o que evita de jogar comida fora garantindo mais alimento no prato de quem realmente está com fome.

“Quando o Bom Prato foi criado estávamos focados apenas nos moradores do entorno, já que muitos vivem em situação de alta vulnerabilidade social. Porém, depois de um ano, a frequência da unidade está divida entre comunidade, que representa a maioria, e vários trabalhadores que recorrem ao Bom Prato, buscando alimentação saudável e qualidade nutricional”, explica a gerente da unidade Guarujá, Meire Toledo.

Para Meire é gratificante ver a frequência e o perfil de atendidos na unidade se formando naturalmente. “Fico muito feliz de ver uma família de seis pessoas vir almoçar aqui, pagando apenas R$ 6. Um valor para comer feijoada, por exemplo, que é imbatível as quartas-feiras”.

Angélica Vieira Sampaio é quase vizinha do Bom Prato e desde a inauguração almoça no local. “Minha vida mudou toda. Moro sozinha e hoje não preciso diariamente fazer almoço na minha casa. Quero agradecer essa oportunidade, que é muito maior que só a parte social. E que continue assim”.

A implantação do Bom Prato em Guarujá é resultante do convênio entre Estado e a Prefeitura de Guarujá. A administração se empenhou para implantar um restaurante a preço popular em uma área estratégica do Município, como é Vicente de Carvalho. A Cidade possuía um Restaurante Popular na Vila Baiana e o segundo no Santo Antônio.

A diretora de Segurança Alimentar da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, Georgia Hegedus, defende que essas três unidades impactaram o Município: “é um ganho excelente para a população poder usufruir de espaços como esse que provem alimentação saudável e equilibrada nutricionalmente. Resultado são trabalhadores com maior capacidade de produção, crianças com possibilidade de desenvolvimento intelectual, além de idosos e adultos com melhor qualidade de vida. O acesso a alimentação é nosso objetivo”.

Como o Programa Bom Prato é idealizado pelo Governo do Estado, a unidade é avaliada duas vezes por mês por técnicos especializados, que visam garantir a mesma qualidade entre todas as unidades do Estado. Miriam Paulucci é diretora técnica de monitoramento do Bom Prato, e a nutricionista da Secretaria de Desenvolvimento Social, responsável pelo monitoramento da unidade, Bruna Lamas, estiveram no aniversário da unidade e ambas defendem que a ideia não é ranquear as unidades e sim apontar possíveis falhas e corrigi-las.

“Nós temos que oferecer o melhor. O Bom Prato foi idealizado para atender alta vulnerabilidade social e o projeto apresentado aqui pela entidade Palavra de Vida é excelente. Nós servimos e trabalhamos com o melhor”, disse a diretora técnica.

Além da municipalidade e do Estado acompanharem a unidade, a sociedade civil também integra esse papel de lutar por qualidade da alimentação para população, por meio Conselho Municipal de Segurança Alimentar. A presidente do Conselho, Marinalva da Silva, defende que as entidades gestoras das unidades dos restaurantes têm acatado todas as decisões apresentadas pelos membros do Conselho e atendido a demanda apresentada nas reuniões. “Estão todos de parabéns.”

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