Cotidiano

Blatter é acusado de vender direitos de TV por 5% do valor a dirigente

Segundo contrato apresentado pelo canal, os direitos de transmissão da Copa da África, de 2010, foram vendidos a Warner por US$ 250 mil, e os da Copa do Brasil, de 2014, por US$ 350 mil

Publicado em 13/09/2015 às 00:16

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Nesta sexta-feira (11), o presidente da Fifa Joseph Blatter foi acusado pelo canal de televisão suíço SRF de vender os direitos de televisão das Copas de 2010 e 2014 por preços muito inferiores aos de mercado para o presidente da Concacaf, Jack Warner. A transação teria acontecido em 2005.

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Segundo contrato apresentado pelo canal, assinado por Blatter, os direitos de transmissão da Copa da África, de 2010, foram vendidos a Warner por US$ 250 mil, e os da Copa do Brasil, de 2014, por US$ 350 mil. Na ocasião, Warner era vice-presidente da Fifa, além de presidente da Concacaf. Os direitos de transmissão afetavam apenas os países da União Caribenha de Futebol, composta por pequenos países como Haiti, Bermudas, Trinidad e Tobago e Bahamas, entre outros.

"O montante conseguido pelos direitos tem 5% do valor de mercado", declarou o empresário australiano Jaimie Fuller, que promove o movimento New Fifa Now, que pede mais transparência ao seio do organismo que dirige o futebol mundial.

"É a primeira vez que o nome de Blatter aparece diretamente em um documento", diz Fuller.

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Blatter foi acusado de vender os direitos de televisão das Copas de 2010 e 2014 por preços muito inferiores (Foto: Ennio Leanza/Associated Press/Estadão Conteúdo)

Procurada pelo canal SRF, a Fifa não desejou fazer comentários a respeito. Em comunicado enviado neste sábado, especificou termos do contrato: a Fifa receberia não somente um valor fixo em troca dos direitos de transmissão, mas também parte de acordos de sublicenciamento. De acordo com a entidade, a União Caribenha de Futebol não cumpriu com suas obrigações financeiras e por isso a Fifa rescindiu o acordo em 2011.

Warner chegou a ser preso em Trinidad e Tobago após a operação na Suíça que deteve sete dirigentes da Fifa, mas foi liberado após pagar fiança. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro pelos EUA e enfrenta um processo de extradição para o país.

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