Cotidiano
Consumidor registrou em vídeo e fotos a qualidade dos pescados que estavam sendo comercializados na unidade localizada na Avenida Antônio Emmerich
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Peixes com qualidade duvidosa estavam à venda no último sábado, dia 3, no Hipermercado Extra, na Avenida Antônio Emmerich, em São Vicente. A denúncia é do biólogo e gestor ambiental Pedro Trasmonte. Ele afirma que os peixes se encontravam em “avançado estado de decomposição”. A qualidade dos pescados foi registrada pelo biólogo em fotos e vídeo.
"Fui ao Extra procurando pescado para consumir no ano novo. Quando cheguei à banca dos peixes, notei que a qualidade estava péssima. Existem várias características que precisam ser observadas na hora da compra. Porém, as duas principais são: o estado do olho do peixe, que tem que estar cristalino e vítreo. E a outra são as guelras. Quando você as abre, elas têm que estar vermelhas e frescas. No dia, os olhos dos peixes estavam completamente podres e as guelras marrons", explica.
Acompanhado do engenheiro agrônomo Maykon Canesin, Pedro afirma ter acionado o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e após a queixa sobre a qualidade dos pescados, os peixes foram apenas cobertos com gelo.
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"No SAC, a atendente entrou em contato com o gerente da peixaria via rádio, avisando que os clientes estavam reclamando. Após 15 minutos, voltamos à banca e o gerente do espaço estava colocando gelo sobre os pescados, apenas mascarando os peixes. Eu nunca vi um peixe tão passado como aqueles. A guelra nem abria de tão gosmento que estava", diz.
Acionando pela segunda vez no SAC, o biólogo e o engenheiro agrônomo ouviram do gerente da peixaria que a qualidade do pescado estava ótima.
"Eu, como biólogo, com registro profissional, tenho conhecimento para afirmar que aquele pescado não estava em boa qualidade. Tinha um engenheiro agrônomo junto comigo que também estava afirmando que não estava bom e o gerente estava indo contra a gente", relata.
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Ambos tentaram acionar a Vigilância Sanitária, mas não tiveram sucesso. "Infelizmente, nós não pudemos ser atendidos naquele dia, talvez devido ao Ano-Novo e por ser à noite", conta.
Sem mais nada a fazer, Pedro Trasmonte fotografou os peixes que estavam à venda e gravou um vídeo para comprovar a denúncia.
"Um funcionário tentou impedir nosso registro alegando que não tínhamos autorização para filmar e fotografar ali. Ligamos para a Polícia Militar e recebemos autorização para fazer as imagens e a denúncia", explica.
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Perigos
O biólogo alerta que a pessoa que comer um peixe estragado pode até morrer por intoxicação alimentar. "Você tinha bactérias e fungos deteriorando aquele peixe. Além de desrespeito, aqueles peixes estavam ameaçando a saúde do consumidor. A pessoa que consumir um peixe naquele estado, no mínimo poderá ter uma intoxicação alimentar. Essa pessoa terá diarreia, vômito e febre. Um pescado naquele estado pode, inclusive, levar uma criança a óbito devido às bactérias. Uma intoxicação alimentar forte também pode matar", afirma.
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Extra
Procurado, o Hipermercado Extra enviou nota à Reportagem afirmando que pauta suas ações no respeito ao cliente e possui rigorosos controles para garantir a qualidade dos produtos comercializados em suas lojas.
Com relação à venda de pescados frescos, a rede informa que os mesmos têm validade de até três dias e, passado esse prazo, são imediatamente descartados. Tão logo tomou conhecimento da manifestação do Sr. Pedro Trasmonte, realizou uma fiscalização interna de sua peixaria e nenhuma irregularidade foi encontrada. Mesmo assim, reorientou seus colaboradores com relação ao padrão de qualidade exigido pela companhia e permanece à disposição.
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