Cotidiano

BC diz que bancos precisam de recursos de longo prazo

O diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, afirmou ainda que, em setembro de 2013, os bancos tinham um índice de Basileia de 17%, um índice de liquidez de 1,6 e de cobertura de 1,7

Publicado em 05/11/2013 às 13:18

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O diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, disse, nesta terça-feira, 5, ser importante que o aumento do prazo médio nos empréstimos bancários seja acompanhado por uma alongamento também dos passivos das instituições financeiras.

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"Temos, para nossa tranquilidade, de ver o mesmo movimento do lado dos passivos. Os bancos têm conseguido alongar os prazos dos passivos, com LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio), mas temos de olhar permanentemente esse processo", afirmou. "A gente ainda tem no Brasil uma cultura muito de curto prazo no poupador. É preciso que o depositante também conheça essa dinâmica do mercado."

Ele afirmou ainda que, em setembro de 2013, os bancos tinham um índice de Basileia de 17%, um índice de liquidez de 1,6 e de cobertura de 1,7. Meirelles disse que, hoje, quase 90% do capital regulamentar dos bancos é requerido para fazer frente a riscos de crédito. Nas cooperativas, 95%.

Inadimplência

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Meirelles disse que a inadimplência segue em tendência de queda, saindo de um patamar relativamente elevado em 2009, pós-crise financeira, e do processo de aumento gerado pela "euforia" provocada pela recuperação econômica em 2010.

O diretor de Fiscalização do Banco Central disse ser importante que o aumento do prazo médio nos empréstimos bancários seja acompanhado por uma alongamento (Foto: Divulgação)

"Essa recuperação levou a uma certa euforia na concessão e ao aumento da inadimplência a partir de dezembro de 2010. Mas o BC adotou medidas prudenciais. A inadimplência mostrava queda, mas víamos que ela estava subindo em algumas linhas e dados antecedentes mostravam deterioração", afirmou.

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Segundo ele, essas medidas vieram com alguma defasagem, porque não têm efeito imediato. "Mas, dentro do horizonte previsto, vimos redução da inadimplência e mudança no processo de concessões." O diretor do BC participa do V Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, em Fortaleza (CE).

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