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A base operacional da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) estaria sendo usada há cerca de dez dias como área informal — irregular — de transbordo (separação) dos resíduos sólidos recolhidos nas ruas e avenidas do Município. A denúncia é de um funcionário da empresa, ligada à Prefeitura.
Conforme destaca este trabalhador, o lixo é levado para esse local, na Avenida Nações Unidas, Vila Margarida, e separado antes de ser encaminhado ao destino final, no Aterro Sanitário do Sítio das Neves, Área Continental de Santos.
Após ouvir o relato do funcionário da Codesavi, o Diário do Litoral foi até a base operacional da empresa e constatou oito caminhões repletos de lixo nas proximidades do local.
Segundo o funcionário da Codesavi, a movimentação de separação do lixo ocorre pela manhã. Ontem, até um cão morto estaria entre o material recolhido, o que obrigou um segurança a jogar creolina para tentar eliminar o forte cheiro.
A Prefeitura negou, ontem à noite, qualquer uso da base operacional da Codesavi como área de transbordo. Segundo a Secretaria de Comunicação, desde a interdição do Parque Ambiental do Sambaiatuba todos os resíduos sólidos estão sendo levados diretamente para o Aterro Sanitário em Santos.
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Conforme a Secretaria de Comunicação, os oito caminhões vistos pela Reportagem no entorno da empresa tinham recolhido material de praias e de vias públicas (galhos e folhas, por exemplo), e não lixo orgânico e residencial.
Ainda de acordo com a Prefeitura, esse material não produz forte odor. Os caminhões estariam esperando outro veículo, maior, para levar o material até o Aterro Sanitário hoje pela manhã.
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Três áreas
Ontem, o prefeito Luis Cláudio Bili (PP) voltou a confirmar, em um encontro com líderes comunitários da Área Continental e vereadores, que a futura área de transbordo ficará mesmo nessa região do Município.
Três áreas estão sendo estudadas e um pré-projeto está em fase de elaboração. Esse estudo avalia itens como impermeabilização do solo, a destinação do chorume (líquido resultante da decomposição de resíduos orgânicos), além de questões logísticas.
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Bili vai marcar uma audiência pública, provavelmente na próxima semana, com técnicos da Cetesb (órgão ambiental do Governo do Estado), vereadores e moradores para discutir a implantação desta nova área de transbordo.
De acordo com a Secretaria de Comunicação, a definição de uma área de transbordo é prioridade para o Governo Municipal, em razão do prazo de 180 dias, firmado com o Ministério Público do Estado, para o encontro de uma solução definitiva para o impasse, decorrente da interdição do Parque Ambiental do Sambaiatuba, no mês passado.
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