CULTURA

Barroso Eus celebra bom momento na carreira interpretando Jards Macalé no filme 'Meu Nome é Gal'

Além da participação no longa, o artista divulga seu mais recente álbum, o "PoemAto - Capítulo 1"

Da Reportagem

Publicado em 12/10/2023 às 16:48

Atualizado em 12/10/2023 às 20:16

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Barroso Eus celebra bom momento na carreira interpretando Jards Macalé no filme 'Meu Nome é Gal' / Divulgação

Próximo do aniversário de 1 ano da morte da fabulosa Gal Costa, um filme estrelado por Sophie Charlotte será lançado e para acompanhar a atriz, somente um grande elenco para fazer jus aos artistas que orbitam sua existência. É dentro desse casting poderoso que está incluído o multiartista Barroso Eus. Nas telas em que será exibido “Meu Nome é Gal”, o ator, poeta e cantor brasileiro encarna ninguém menos que o aclamado Jards Macalé que, assim como seu intérprete, sempre demonstrou múltiplos talentos, indicação feita no próprio nome artístico.

Se o longa dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi marcam uma data emblemática para os fãs da MPB, para Barroso, fazer parte da produção é uma celebração a uma data íntima. No ano passado, ele completou 10 anos de carreira e o lançamento de “Meu Nome é Gal” é a consagração do bom momento do artista. “A gente estava naquele lance de pandemia, não sabíamos se o filme rolaria mesmo, mas fizemos uma leitura na Paris Filmes e aí mandaram a gente para uma casa isolada em Cotia para não pegar Covid e ficamos lá, isolados, muito parecido com o movimento Tropicália em que eles viviam muito juntos, sabe? Foi uma verdadeira imersão. A proposta partiu da Sophie Charlotte e lá a gente trocava filmes, músicas e referências. Nunca tinha participado de um processo criativo tão único!”, conta Barroso.

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Para viver Jards Macalé, o ator acabou vivendo um processo de estudo que se fortaleceu com a canção “Movimento dos Barcos”, faixa que gerou identificação no artista. Indo a um show de Macalé em São Paulo, Barroso se apresentou ao compositor. “Ele foi sair e eu disse ‘mano, prazer, eu vou fazer você no filme da Gal Costa’. Aí ele me disse ‘você sabe que sou carioca, né?’ Aí tiramos uma foto, ele perguntou se ia ter cena de beijo, revelou que teve um caso com a Maria Bethânia. Eu nem sabia disso. Foi um achado”, revela.

Durante as sessões de filmagem, Barroso e Macalé trocaram algumas palavras pelas redes sociais, onde o carioca aprovava algumas coisas enviadas via story. "O Jards chega num momento do filme em que Gal está sentindo muito o exílio de Caetano e Gil mas também escutando um chamado para se reinventar, aí aparecem o Macalé, Waly Salomão e Tom Zé. Eles fizeram diversas parcerias musicais naquele período, a canção Vapor Barato, que inclusive eu canto no filme, também.", conta, se referindo ao clássico regravado centenas de vezes por diversos artistas da MPB.

Jards Macalé foi responsável pela direção artística e arranjos do lendário álbum “Transa”, de Caetano Veloso, feito que sozinho já o colocaria entre os grandes da nossa música. Sobre a negritude, nem sempre abordada na obra do artista, Barroso se identifica num não-lugar em que pessoas como ele e Jards muitas vezes são colocados. “Tem essa coisa de ele ser um homem pardo, e eu também vivo neste limbo de identificação.

Tenho passabilidades e privilégios sim, mas sou um homem negro não retinto e preciso assumir isso com responsabilidades. Não é bagunça e nem delírio existencial.”, reflete. A estreia de "Meu Nome é Gal" também sucede o lançamento do curta-álbum visual de "PoemAto - Capítulo 1", segundo álbum autoral do seu projeto musical Barroso Eus, produzido e dirigido pelo time Filmes d’Ponta, Barroso, Selo Camarada e Estudio 99. Lançado no final de setembro deste ano no FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul. O trabalho traz um pouco da rica construção poética do multifacetado artista. Ainda em circulação por festivais do Brasil, em breve, o curta-álbum visual será lançado em todas as plataformas digitais.

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