Barreira flutuante vai reter parte desses resíduos, que serão pesados e tipificados por moradores, que passarão por treinamento para a tarefa / Divulgação/PMS
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Um estudo inédito em Santos será iniciado em janeiro de 2024 com a instalação de uma barreira flutuante no estuário das proximidades da Ponte Mariângela Duarte, no bairro São Manoel. O trabalho vai avaliar a quantidade e a diversidade de resíduos domésticos que seguem até as praias.
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A pesquisa será conduzida pelo Pacto Global das Nações Unidas e pela Prefeitura de Santos, com apoio da iniciativa privada, e envolve moradores do bairro São Manoel e entorno, situados à margem do canal santista.
A barreira flutuante vai reter parte desses resíduos, que serão pesados e tipificados por moradores, que passarão por treinamento para a tarefa.
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“Considerando as características geográficas e perfil socioeconômico de consumo e descarte, faz todo sentido, para um projeto de âmbito nacional, iniciar as ações em Santos, que já desenvolve uma série de programas ambientais”, explica Gabriela Otero, coordenadora do Blue Keepers, projeto do Pacto Global da ONU no Brasil.
Todas as informações serão planilhadas, gerando dados inéditos na região. O impacto da iniciativa também será medido pela observação de um trecho de manguezal próximo ao local, considerado como um bio-indicador.
Dados sobre o comportamento da maré indicam que parte dos resíduos descartados incorretamente no estuário fica retida nos manguezais e a outra parte acaba sendo levada até o oceano e as praias.
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Além de obter dados de origem, destino e identificação dos resíduos, a iniciativa também proporcionará a capacitação e remuneração dos moradores envolvidos.
“As equipes de coleta e educação ambiental serão compostas de moradores, que receberão capacitação prática em comunicação, triagem e classificação de resíduos”, esclarece Gabriela.
COMUNIDADE E PRESERVAÇÃO
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Por mês, a Prefeitura retira, mensalmente, cerca de 40 toneladas de lixo das areias das praias de Santos. Em um contexto global, sabe-se que 80% do lixo que chega ao mar é oriundo do continente e a maior parte é composta por resinas plásticas.
“O objetivo é envolver a comunidade e engajá-la nos esforços pela preservação ambiental”, afirma o secretário de meio ambiente, Marcos Libório.
A barreira flutuante segue as especificações do edital Pescador Ecológico, lançado pela Semam em 2018. Atualmente, explica o secretário, não existem dados quantitativos ou qualitativos sobre os resíduos que trafegam pelo canal do Estuário.
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“Esses dados, baseados em uma metodologia científica, permitirão aprofundar as soluções para a redução da poluição no oceano e servir de base para ações em outras cidades”, afirma Libório.
Segundo ele, as informações geradas possibilitam, inclusive, que os gestores públicos possam buscar verbas para aprofundar as ações de educação ambiental.
A iniciativa também conta com o apoio da Sociedade de Melhoramentos do São Manoel e o financiamento inicial da Braskem e Coca-Cola Brasil, além do apoio técnico da Ocean Pact.
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Atualmente, em uma iniciativa da Semam, Santos já possui barreiras instaladas nos canais, que também são monitoradas.
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