O processo adotado pelo laboratório do Município é feito duas vezes na semana, às terças e quintas-feiras / Ronaldo Andrade/Arquivo
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A balneabilidade das praias é o que indica se a água do mar está apta ou não para banho em determinados pontos. Em Santos, o monitoramento da balneabilidade é um procedimento contínuo, feito durante todo o ano, independentemente da estação ou clima, e que pode ganhar auxílio da população que possui bichinhos de estimação.
Um dos grandes determinantes da balneabilidade das praias são as fezes de animais endotérmicos, também conhecidos por 'animais de sangue quente', tais como aves e mamíferos. O esgoto direcionado ao mar em Santos é tratado, logo o maior inimigo da qualidade das águas são as chuvas, que carregam os dejetos destes animais aos canais, que levam ao mar e tornam as águas impróprias. "Quanto mais as pessoas que possuem animais de estimação recolherem as fezes destes animais e derem a destinação correta, maiores serão as chances de mantermos as praias próprias para banho", ressalta o técnico da Seção de Controle de Balneabilidade, Américo Lopes.
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O monitoramento é essencial para evitar a exposição dos banhistas às doenças causadas por vírus e bactérias presentes na água como gastroenterite, hepatite A, cólera, febre tifoide, entre outras. Por isso, a seção, em conjunto com a Cetesb, analisa e sinaliza as praias com bandeiras verdes e vermelhas, indicando água própria e imprópria para banho, respectivamente.
COMO É FEITA A ANÁLISE
O processo adotado pelo laboratório do Município é feito duas vezes na semana, às terças e quintas-feiras. O coletor recolhe amostras de água na altura de um metro, a 30cm de profundidade, em sete pontos da praia. No laboratório, as amostras podem ser analisadas, no máximo, em uma hora. "Quando as amostras chegam ao laboratório, nós fazemos uma análise microbiológica imediata buscando a Enterococcus Faecalis, uma bactéria presente nas fezes dos animais de 'sangue quente'. A intenção é utilizar essa bactéria para identificar a contaminação por coliformes fecais", explica a chefe da Seção de Controle de Balneabilidade, Mariana Gadig.
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Durante a análise, a água é passada através de uma membrana filtrante, que depois é colocada em um meio de cultura e encubada por 24h. Após esse período, contam-se quantas colônias surgiram, pois esta quantidade é o indicador da balneabilidade. Se houver até 100, a água está própria para banho, ao passar disso, torna-se imprópria.