Praia do Tombo tem certificação de Bandeira Azul há 15 anos / Divulgação/PMG
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A Bandeira Azul, na Praia do Tombo, encontra-se descerrada até que as denúncias de suposto descarte irregular de resíduos na rede de águas pluviais, que estaria atingindo areias e o mar, sejam devidamente averiguadas. A informação é da Prefeitura de Guarujá, referindo-se à reportagem veiculada com exclusividade, semana passada, pelo Diário do Litoral.
As denúncias foram enviadas por moradores e frequentadores do Tombo que, pela 15ª vez, obteve o selo internacional. A Prefeitura de Guarujá afirmou que a denúncia não procede, mas resolveu adotar a medida como precaução.
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A situação envolve parte de uma faixa de areia em que corre uma água escura e fétida e que os ambientalistas chamam de ‘língua negra’, nas imediações do Forte dos Andradas, no local conhecido como ponta de Monduba, ao sul da ilha de Santo Amaro.
Esta semana, no mesmo lugar denunciado, chegou à Reportagem outro vídeo em que a Administração estaria usando uma pá carregadeira para, supostamente, evitar que a água atingisse o mar.
Nesse caso, a Prefeitura esclarece que a respectiva ação é prevista e coordenada pela Secretaria Municipal de Operações Urbanas (Seurb), para o desassoreamento do canal de drenagem existente no local há décadas.
Segundo afirma, o serviço programado é fundamental para evitar o acúmulo de matéria orgânica, água e areia. Além disso, a região é monitorada diariamente por fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Segurança Climática (Semam), e recebe serviços de limpeza e manutenção.
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O Município reforça, ainda, que a Praia do Tombo mantém-se recordista em certificações na América do Sul. O reconhecimento é concedido somente se cumpridos 34 rigorosos requisitos do júri nacional da Foundation for Environmental Education (FEE), como qualidade da água, serviços e ações educativas de sustentabilidade permanentes. A exemplo, semanalmente a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) colhe amostras e disponibiliza o resultado da balneabilidade.
Já os moradores e frequentadores alegam falta de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente do Município em relação a uma suposta rede clandestina de imóveis recentemente construídos não conectados ao sistema da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A Reportagem do Diário do Litoral esteve no local e conferiu a situação junto com o professor a ambientalista Matheus Marques. “É água pluvial. No entanto, como não tem chovido, há uma grande quantidade de material orgânico. Mas, pela aparência, pode ser que ligações clandestinas de esgoto e caixas de gordura, conectadas à rede de águas pluviais, resultam essa situação. Não é recomendável nem pisar nessa língua negra e nem que animais bebam, porque essa água é contaminada”, afirmou.
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Criado pela Foundation for Environmental Education (FEE) - Fundação para Educação Ambiental, uma Organização Não Governamental (ONG) dinamarquesa, o programa Bandeira Azul concede um selo internacional de qualidade às praias, marinas e embarcações de turismo para mais de 46 países participantes.
O programa no Brasil é coordenado pelo Instituto Ambientes em Rede com o objetivo é conscientizar e incentivar os cidadãos e autoridades sobre o cuidado com a área oceânica e a vida marinha nas cidades.
Para obter o selo, há 34 critérios preestabelecidos, incluindo a qualidade da água do mar, segurança, gestão ambiental, educação ambiental e infraestrutura.
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O júri brasileiro do Programa Bandeira Azul, neste ano, foi composto por membros do Ministério do Turismo (MTur), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e Instituto Ambientes em Rede (IAR).
Também a Associação Náutica Brasileira (Acatmar), Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro, Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) e Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema).
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