Cotidiano
Segundo a ONU, milhares de pessoas morrem afogadas na Baía de Bengala, um fenômeno que dura anos, mas que este mês se agravou devido à nova política repressiva tailandesa
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, defendeu hoje (23) como "primeira prioridade" salvar os milhares de migrantes que, ao fugirem da perseguição de que são alvos, ficaram à deriva no mar do Sudeste Asiático, correndo risco de vida. Ban Ki-moon disse acreditar que os países da região se esforçarão para resolver o problema da minoria muçulmana rohingya que fugiu da perseguição em Myanmar e dos migrantes oriundos do Bangladesh que tentam fugir da pobreza extrema em que vivem.
"Quando as pessoas estão à deriva no mar, a primeira prioridade é olhar para elas para salvá-las e prestar-lhes assistência humanitária", disse o secretário-geral, durante visita a Hanoi. Segundo ele, o problema será resolvido em uma conferência regional na Tailândia marcada para o próximo dia 29.
Segundo a ONU, milhares de pessoas morrem afogadas na Baía de Bengala, um fenômeno que dura anos, mas que este mês se agravou devido à nova política repressiva tailandesa. Ban Ki-moon recordou as recentes reuniões com os líderes da Tailândia, Malásia e de Myanmar, que chamou para "abordar claramente as raízes deste problema”.
Ele lembrou que as vidas devem ser protegidas e que os países devem agir de acordo com a lei internacional, que estabelece a obrigação de salvar os migrantes em perigo no mar, e voltou a pedir que chefes de Estado não recusem os migrantes. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), só no primeiro trimestre deste ano, fugiram em barcos cerca de 25 mil pessoas de Bangladesh e de Myanmar, o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.
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