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Uma viagem com capacidade máxima de carros e dezenas de pessoas (pedestres) amontoadas na lateral coberta da embarcação e ainda no meio dos veículos, principalmente na área frontal da balsa. Essa foi a situação flagrada no último sábado (19), por volta das 18 horas, na travessia entre Guarujá e Bertioga, pelo Diário do Litoral.
O episódio — que deve se repetir principalmente nos finais de semana — pode ser considerado uma tragédia anunciada. Muitos motoristas mal conseguiam abrir as portas dos veículos e sair devido ao acúmulo de pessoas, inclusive crianças, entre os carros. A proximidade dos veículos também dificultava o trânsito pelos corredores apertados que se formaram dentro da balsa.
São cerca de 20 minutos de espera de ambos os lados para atravessar por apenas duas embarcações que fazem o transporte entre os dois municípios 24 horas. A falta de mais balsas talvez justifique a superlotação detectada pela Reportagem no último final de semana, por sinal atípico para a época do ano.
Além do risco iminente, a travessia é cara em função do trajeto. Enquanto entre Guarujá e Santos o motorista paga R$ 10,60 (cobrado somente do lado de Guarujá). Entre Guarujá e Bertioga, a cobrança ocorre dos dois lados, perfazendo R$ 15,80 (R$ 7,90 de cada lado).
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Dersa explica situação
A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) lamenta o fato ocorrido no sábado, quando pedestres não respeitaram a orientação da tripulação de permanecer no local destinado e adequado a eles e invadiram o espaço dos veículos em uma das embarcações. No entanto, garante que o controle na contagem de veículos é feito pelos funcionários de pista dentro dos bolsões de embarque.
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Segundo a empresa, no caso dos passageiros a pé, a contagem é feita eletronicamente, por catracas que travam quando o limite é alcançado, não permitindo superlotação. Portanto, no último sábado, a operação das embarcações da Travessia Guarujá/Bertioga transcorreu dentro dos parâmetros considerados adequados, sem superlotação.
“Infelizmente, mesmo com a orientação da tripulação, diversas vezes passageiros insistem em não permanecer no local demarcado e transitam em área não permitida. É responsabilidade dos marinheiros orientá-los e reconduzi-los ao local apropriado. Se tal medida não foi adotada, configura-se falha de procedimento, que será apurada”, explica a Dersa.
Contudo, comenta a direção da Dersa, a colaboração de todos é peça fundamental para manter elevados os padrões de qualidade, segurança e confiabilidade na prestação dos serviços de travessia. “É muito importante que os passageiros fiquem atentos às orientações dos funcionários, bem como das placas de sinalização presentes nas balsas”.
Quanto aos passageiros embarcados no interior de veículos, a recomendação é que não fiquem com os cintos de segurança afivelados e, de preferência, façam a travessia fora de seus automóveis. Os motociclistas devem permanecer sobre as motos, para evitar a queda do veículo.
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Sempre atenta à segurança dos seus usuários, a Dersa também segue à risca as normas da autoridade marítima quanto aos equipamentos de salvatagem. Portanto, todas as embarcações possuem coletes, boias e botes em número suficiente para atender 100% dos passageiros e a tripulação a bordo. As balsas são certificadas para transportar tanto veículos quanto passageiros (pedestres): FB-14 (24 veículos e 84 passageiros) e FB-26 (38 veículos e 100 passageiros). Ambas as embarcações possuem área destinada para pedestres, conforme determinação da autoridade marítima.
A Dersa informa ainda que mantém canais de contato para dúvidas, críticas, sugestões e reclamações por meio de sua Ouvidoria: e mail [email protected] e telefone 0800 72 66 300. Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas.
Dados apontam que Bertioga é o terceiro maior fluxo de veículos em travessias do Estado de São Paulo. Em média anual passam diariamente nesse sistema cerca de quatro mil pedestres e quase mil veículos.
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