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Mongaguá, Cubatão e Guarujá têm as maiores taxas de mortalidade infantil (TMI) da Baixada Santista. A Região permanece, desde 2000, com o pior índice do Estado de São Paulo, segundo levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Segundo o relatório, divulgado ontem, o índice médio da Baixada Santista é de 15,65 por mil habitantes, o que significa que, a cada mil recém-nascidos, quase 16 crianças não sobrevivem até o primeiro ano de vida. Entre as nove cidades da Região, a que possui o maior índice é Mongaguá com TMI de 20,0 por mil habitantes. Seguida de Cubatão e Mongaguá, ambas com TMI de 18,7 por mil habitantes (veja quadro ao lado com o índice de todas as cidades).
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Em 2000, a Região já tinha a pior taxa, 22,19 por mil nascidos vivos. Cinco anos depois, o balanço apresentou 18,80 por milhar. Entre 2010 e 2012 a variação foi mínima, 15,15, 16,87 e 15,65. Os dados foram coletados pela Secretaria Estadual da Saúde, secretarias municipais de Saúde e Base Unificada de Óbitos.
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Seguindo o relatório, a melhor colocada foi a cidade de Peruíbe com TMI de 9,0. O município reduziu 15 pontos desde 2008 — de 2011 para 2012 a diminuição ultrapassou os 12 pontos. A pior, por sua vez, Mongaguá, também no Litoral Sul, que chegou a TMI de 31,0, em 2009, estabilizou-se em 20,0 pontos — 9,0 a mais que a média do Estado (11,48) e 4,0 acima da Baixada.
Questionadas pela reportagem do Diário do Litoral sobre os índices apontados pelo Seade, as prefeituras apontaram suas ações para a redução da TMI. Guarujá, por exemplo, informou que está trabalhando com foco na atenção materno-infantil e na redução da mortalidade infantil. “Em 2011, foi realizada uma parceria técnico-financeira com o Hospital Santo Amaro para a gestão da Maternidade. Um novo espaço está em construção. O próprio Hospital regularizou sua situação e a partir de janeiro poderá receber investimento a nível federal e estadual”, informou através de nota.
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Outro programa implantado pela cidade é o Neo Vida, com o objetivo de reduzir o índice por meio do pré-natal; puerpério (fase pós-parto); puericultura (subespecialidade da pediatria de acompanhamento integral ao desenvolvimento infantil, em crianças de 0 a 24 meses); e assistência ao parto. Além disso, a Prefeitura prepara, em nível ambulatorial, com os médicos dos “Mais Médicos”, um programa de intensificação para a assistência pré-natal e planejamento familiar já para 2014.
Já a Prefeitura de Cubatão informou que a Secretaria de Saúde está analisando os dados divulgados pelo Seade, mas que já tem um plano de ações, criado pela Divisão de Atenção Básica, para reduzir a mortalidade materno infantil no município.
A secretaria acredita que estas ações devem reverter os números apresentados: ampliação da oferta de exames laboratoriais para a realização das baterias do pré-natal com a contratação de um novo laboratório para a prestação desse serviço no município, o Seconci; aumento na oferta de exames laboratoriais e de imagem às gestantes de Alto Risco atendidas pelo Centro de Apoio Integral à Saúde da Mulher (CAISM); ampliação do atendimento, captação e busca ativa de mulheres em idade fértil e gestantes nas áreas com maiores índices de mortalidade infantil, como Ilha Bela e Sítio Novo; ampliação da oferta de exames de imagem em todas as unidades de saúde, a partir de janeiro; solicitação de mudança no Plano de Trabalho com a empresa responsável pelos recursos humanos da Estratégia de Saúde da Família, o ISAMA; realização de oficinas de sensibilização das equipes nas unidades de saúde do município; criação do Grupo de Avaliação e Monitoramento do Pré Natal e Puerpério; implantação dos testes rápidos de diagnóstico do HIV e teste rápido de sífilis em todas as unidades de saúde; e capacitação dos profissionais das Secretarias de Saúde e de Educação para orientar os alunos da rede de ensino sobre direitos sexuais, direitos reprodutivos e prevenção das DSTs e AIDS.
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Em Mongaguá, que obteve o pior índice, a Prefeitura tem como meta dobrar o número de equipes do programa federal Estratégia da Família em 2014. Além disso, o centro cirúrgico do Hospital e Maternidade Municipal será reformado em breve. “Desde agosto de 2012, quando o centro cirúrgico foi fechado, após um incêndio, as parturientes são encaminhadas às maternidades das cidades vizinhas, através da central reguladora de vagas”, informou o assessoria através de nota.
“A estrutura atual não comporta a demanda. Queremos atender 100% da população com o programa Saúde da Família. Estes e outros projetos, aliados às ações que a Diretoria Municipal de Saúde realiza como a vacinação infantil, acompanhamento pré-natal, aleitamento materno, mais os investimentos que a Cidade vai receber em saneamento ambiental, teremos melhores condições para reduzir a mortalidade infantil”, disse o prefeito Artur Parada Prócida.
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